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Atanásio M’tumuke quer corrupção e sobre facturação longe das Forças Armadas

Atanásio M’tumuke (re)insiste que os ataques armados em Cabo Delgado têm mão externa

Foto de Emildo SamboO ministro da Defesa Nacional, Atanásio M’tumuke, empossou, na segunda-feira (11), em Maputo, seis oficiais para diferentes áreas estratégicas das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) e a apelou para que evitem corrupção e a sobre facturação na aquisição de bens. As declarações do governante podem não ter sido à toa, pois aquela instituição do Estado ainda está ensombrada por um dos maiores desfalques de vários milhões de meticais no Comando do Exército.

Em 2018, o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) acusou cinco militares do Comando do Exército e sete cidadãos civis de desvio de mais de 19 milhões de meticais, após investigações aturadas relacionadas com o rombo de 36 milhões de meticais, orquestrado por militares afectos ao mesmo Comando.

Em consequência com o referido desfalque, dois militares foram condenados a 16 anos de prisão e ao pagamento de 40 milhões de meticais de indemnização ao Estado.

No mesmo processo, os familiares e amigos dos réus foram condenados a penas que variam de 10 a 15 anos de prisão.

Atanásio M’tumuke empossou o Coronel Omar Nalá Saranga, o Brigadeiro Tenente Freitas Norte, o Brigadeiro Luciano Amândio Barbosa, o Brigadeiro Altino Filipe Auze, o Brigadeiro Francisco Aine Camorai e Adriano Manuel Amade Malache, para as funções de directores de Política de Defesa, do Departamento de Educação Cívico Patriótica, do Departamento do Pessoal, do Departamento de Logística, Inspector da Força Aérea e Estudos, Planificação e Projectos, respectivamente.

Dirigindo-se a cada um deles, o governante disse, porque exemplo, que Altino Auze deve pautar por uma gestão eficiente e eficaz dos recursos escassos e limitados alocados ao sector que vai administrar, bem como respeitar os procedimentos administrativo-financeiros em todos os momentos, incluindo de adversidades e carência de meios.

Para tal é preciso ter a “moral para resistir às pressões e instrumentalização e despir-se de vontades pessoais e actos de corrupção”.

“Queremos ver a nossa tropa devidamente aprumada, sem que para tal haja espaços para subfacturações”, afirmou.

O Brigadeiro Francisco Camorai, nomeado Inspector da Força Aérea, recebeu uma orientação para “gestão estratégica dos escassos meios aéreos existentes e a melhor conservação dos mesmos”.

O Coronel Omar Saranga, o ministro exigiu “proactividade” para que a Direcção de Política de Defesa continue a ser o que classificou como “espelho e a porta de entrada de parceiros de cooperação para o sector de defesa”.

Ele apelou ainda para que o empossado imprima mudanças sem se prender ao passado.

“Aprimore a formação, o ensino, a instrução militar e a revisão dos curricula dos estabelecimentos de ensino e formação militar, para que tenhamos a capacidade de resposta às novas ameaças”, disse M’tumuke, ao Brigadeiro Luciano Barbosa.

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