A Associação dos Transportadores Rodoviários (ASTRA) apelam ao governo que sejam banidos os estabelecimentos que se dedicam à venda de acessórios não certificados de viaturas.
O apelo surge na sequência das Inspecções Periódicas Obrigatórias, ora introduzidas no país, que, entre vários objectivos, visam contribuir para incremento da prevenção e segurança rodoviárias, redução de ocorrências de acidentes de viação resultantes de deficiências mecânicas das viaturas. Os membros da ASTRA alertam que, enquanto persistir a apatia das autoridades competentes em relação aos locais de venda de acessórios de origem duvidosa, os índices de acidentes de viação continuarão a crescer nas estradas do país.
Em relação ao Decreto nº39/99, de 23 de Junho, que introduz as Inspecções Periódicas Obrigatórias à Veículos Automóveis e Reboques, aprovado pelo Diploma nº 56/2003, de 28 de Maio, os automobilistas sugerem que sejam auscultados pelo governo porque está eivado de incongruências. A preocupação que colocamos ao governo é pertinente. Pois a penalização que estamos a sofrer através deste novo regulamento resulta, concretamente, do facto das peças que compramos serem de fabrico clandestino, que não duram mais de 24 horas. E enquanto as tais lojas de peças piratas continuarem, não teremos alternativas para sair da embaraçosa situação. Anotou um dos membros da ASTRA
. No encontro de divulgação da nova lei de inspecção obrigatória, havido em Nampula na última sexta-feira, juntando transportadores rodoviários das províncias de Cabo Delgado, Niassa e a anfitriã Nampula, o presidente do Conselho de Administração do INAV, Alfiado Sitóe, reconheceu a pertinência da apreensão apresentada pelos automobilistas, garantindo que vai merecer a devida atenção por parte do governo. Por outro lado, aquele representante do governo sublinhou que as inspecções obrigatórias, além de responderem aos anseios do governo moçambicano no contexto da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), vêm facilitar o sector privado na obtenção créditos bancários para o exercício da respectiva actividade.
Em relação às lojas de venda de peças piratas,e conquanto tenha referido que a sua existência está inserida no âmbito do mercado livre, assegurou que o governo vai, em breve, inteirar-se sobre o cenário.