As empresas públicas Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) e Empresa Moçambicana de Dragagem (EMODRAGA) e o consórcio dinamarquês JGH/RN assinaram, quinta-feira, em Maputo, um contrato para melhorar as operações marítimas no Porto da Beira, capital da província central de Sofala.
Trata-se de um projecto que inclui a aquisição de uma nova draga com capacidade para 2.500 metros cúbicos e um barco com equipamento de hidrografia para a EMODRAGA, bem como a reabilitação do Rebocador “Búzi” do CFM-Centro, reabilitação do Barco de Pilotos 2 do CFMCentro e assistência técnica para a EMODRAGA.
Este projecto, que tem a duração de um ano e meio, conta com um financiamento de cerca de 40 milhões de euros desembolsados pelos Governos de Moçambicano e da Dinamarca, através da Agência Dinamarquesa para o Desenvolvimento Internacional (DANIDA).
Falando durante a cerimónia de assinatura do contrato, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Paulo Zucula, disse que, com este acto, estão criadas as condições para a existência, num futuro breve, de uma solução efectiva para a manutenção das cotas do Canal de Acesso, dos Cais e das Bacias de Manobra do Porto da Beira, contribuindo para a melhoria da segurança de navegação no Porto da Beira bem como para a prestação de serviços de recepção de navios até 60 mil toneladas brutas de arqueação.
“Tomando em consideração as necessidades actuais de escoamento e distribuição de produtos do comércio internacional, regional e doméstico pelo Porto da Beira, torna-se pertinente dar atenção especial à dragagem do canal de acesso ao Porto da Beira e a capacitação da Empresa Nacional de Dragagem, em meios necessários para responder de forma mais profissionalizada e mais eficiente aos desafios do presente e do futuro, dentro e fora das fronteiras do país”, disse o Ministro.
Segundo o governante, é nesse contexto que, desde o ano passado, está em curso a dragagem de emergência e que vai contribuir significativamente para a melhoria das condições de acesso ao Porto da Beira e que o Governo continuará a mobilizar recursos para a capacitação das empresas envolvidas nas operações marítimas nesta infra-estrutura de desenvolvimento.
Zucula acredita que estas operações vão garantir o acesso seguro e permanente a navegação comercial que se exige do Porto da Beira.
As empresas dinamarquesas que formam o consórcio envolvido no referido projecto são a Johs.GRM-Hanssen e Rohde Nielsen (JGH/RN).
A supervisão dos trabalhos será efectuada pelo consórcio CFM/ EMODRAGA, contando com a assistência técnica do Consultor Naval dinamarquês OSK-ShipTech A/S.
A draga a ser alocada a empresa EMODRAGA foi construída no estaleiro “Baltija Shipyard (Marsk Group)” em Klaipeda, Lituânia.