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Assassinado mais um membro da Renamo em Nampula volvidas duas semanas

Em menos de 48horas da cessação das hostilidades militares decretada pelo líder da Renamo, um membro da Assembleia Provincial de Nampula (APN) pertencente a esta formação política foi mortalmente alvejado a tiros na tarde desta quinta-feira (29). É segunda vítima do mesmo partido em duas semanas.

Trata-se de José Naitela, que também era membro da Comissão Política Provincial e chefe da Secção de Relações Exteriores em Nampula da “Perdiz”.

O assassinato, supostamente perpetrado por pessoas desconhecidas, aconteceu por volta das 14h00, a escassos metros da sua residência, no bairro de Namutequelia, arredores da cidade de Nampula.

Segundo testemunhas, José Naitela regressava à casa, tendo sido interpelado por indivíduos em número não apurado, munidos de uma arma de fogo, com a qual abriram fogo contra si sem dizer nada e puseram-se em fuga numa viatura.

A vítima encontrou a morte no local, bastante movimentado, e desconhecem-se ainda as causas do baleamento.

O primeiro elemento do maior partido da oposição em Moçambique, também afecto à APN, foi crivado de balas, na noite da última quinta-feira (15), na sua própria casa, naquela urbe, por pessoas ainda não identificadas. Trata-se de José Almeida Mureveia, de 49 anos de idade.

Em todos os casos, a Polícia da República de Moçambique (PRM), fez-se imediatamente ao local para recolher vestígios que provavelmente possam ajudar no esclarecimento.

O assassinato de José Naitela acontece horas depois de o presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, ter anunciado uma trégua provisória – a partir de 00h00 de terça-feira (27) – de confrontos entre os seus guerrilheiros e as Forças de Defesa e Segurança (FDS).

A medida resultou de uma conversa telefónica mantida com o Presidente da República, Filipe Nyusi.

Outros assassinatos ainda sem explicação em 2016

A 02 de Novembro passado, um outro membro da “Perdiz”, de nome Abílio Baessa, escapou da morte após ser ferido a tiro, no distrito de Mocuba, província da Zambézia, acção alegadamente perpetrada por pessoas desconhecidas.

A vítima é docente e já desempenhou funções de director provincial adjunto do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) na Zambézia.

Mas a 30 de Outubro passado, Juma Ramos, também da Renamo e chefe desta bancada na Assembleia Provincial de Sofala, foi morto em casa, na cidade da Beira (Sofala).

A 27 do mesmo mês, outro membro influente da Renamo, identificado pelo nome de Luciano Augusto, foi crivado de balas na sua casa, no distrito em Gúruè, província da Zambézia.

A 22 de Setembro passado, o membro da Assembleia Provincial (AP) de Tete e delegado político distrital da Renamo, Armindo António Ncuche, de 55 anos de idade, foi também morto a tiros, em plena luz do dia, na vila de Moatize, por indivíduos ainda desconhecidos.

Ainda 08 de Outubro, Jeremias Pondeca, membro do Conselho de Estado, eleito pela Assembleia da República (AR) em representação da Renamo, e membro da Comissão Mista do Diálogo Político, foi igualmente baleado mortalmente por indivíduos também não identificados, em plena manhã, na cidade de Maputo.

A 18 do mesmo mês, dois membros do maior partido da oposição em Moçambique foram eliminados à queima-roupa, no distrito de Ribáuè, em Nampula, igualmente por gente desconhecidas e que se pôs ao fresco.

Trata-se de Flor Armando, de 45 anos de idade, delegado político distrital em Ribáuè e membro da Assembleia Provincial de Nampula, e Zeca António Lavieque, de com 25 anos.

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