As obras de construção do Aeroporto Internacional de Nacala na província de Nampula, norte de Moçambique, arrancam na quinta-feira, com o lançamento da primeira pedra, segundo a agencia noticiosa “Macauhub”, citando uma fonte da empresa pública Aeroportos de Moçambique. As obras, que visam a transformação da actual Base Aérea de Nacala em Aeroporto Internacional, foram adjudicadas à empresa brasileira Odebrecht.
As mesmas estão avaliadas em cerca de 112 milhões de dólares, com uma duração de 23 meses. As obras consistem na construção de terminais de passageiros e de carga, torre de controlo, repavimentação da pista de aterragem, entre outras infra-estruturas passíveis de colocar o Aeroporto de Nacala à altura das exigências actuais do sector de aviação. A pista terá um comprimento de 3.400 metros, com uma capacidade para movimentar entre 500 mil a 600 mil passageiros por ano, bem como para acolher aeronaves da classe “D”, nomeadamente, “Boeing 757 e 767”.
O Governo, reunido na sua sessão ordinária do Conselho de Ministros realizada a 2 de Fevereiro último, homologou o contrato de empreitada para a construção do Aeroporto Internacional de Nacala, cujas obras deveriam ter iniciado em Abril do corrente ano. A transformação daquela pista de aterragem em aeroporto civil visa responder aos desafios de desenvolvimento que o distrito de Nacala enfrenta, que nos últimos anos tem vindo a receber projectos de investimento, tendo em conta o seu novo estatuto de zona económica especial.
De referir que Moçambique está a efectuar investimentos avultados no sector aeroportuário, destacando-se a ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Maputo, com financiamento chinês, e a ampliação e modernização dos aeroportos de Vilankulo e Pemba, nas províncias de Inhambane e Cabo Delgado, respectivamente.
Ainda na esteira dos investimentos no sector aeroportuário, decorrem obras visando dotar os aeroportos das cidades da Beira, Tete e Quelimane, com melhores infra-estruturas e equipamentos, um projecto de avaliado em 27 milhões de dólares e que conta com o financiamento da Agência de Desenvolvimento Internacional da Dinamarca.