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Aprender a valorizar as nossas conquistas – Guebuza

O Presidente da República, Armando Guebuza, afirmou que os moçambicanos devem aprender de todas as grandes vitórias conquistadas, porque só assim poderão aumentar a sua auto-estima e desenvolver um sentimento de amor ao próximo na luta que o país trava contra a pobreza.

Os moçambicanos, segundo Guebuza, têm um desafio comum que consiste em vencer a pobreza, porquanto ninguém os condenou a serem pobres, tendo que nascer, crescer e morrer nesta mísera condição social, apesar de haver no país pessoas que pensam e acreditam nisso. Guebuza lançou o desafio no comício que orientou na localidade de Camuenje, no distrito de Chifunde, que dista a 150 quilómetros da cidade de Tete, a capital provincial, no quadro da Presidência Aberta e Inclusiva que está a efectuar a esta província central do país, desde Quinta-feira.

O Chefe de Estado que, à sua chegada, plantou uma árvore e desta vez um embondeiro, disse que esta planta nativa, que dá sombra, fruta, assim como serve de reservatório para a conservação do precioso líquido, espelha indiscutivelmente a grandiosidade dos moçambicanos e o que podem concretizar na epopeia libertadora da pobreza. “Nós, seres humanos, somos confrontados por muitas coisas na vida, a maior parte de delas boas, mas algumas más e muito más”, sublinhou Guebuza, apontando, porém, a necessidade de cada um manter firmes e fortes as suas convicções para vencer todas as coisas más. As pessoas que pensam e acreditam na maldição da pobreza além de serem incapazes de interpretar a história, olhando apenas para o presente, elas procuram “envenenar” a sociedade, não passando de “farrapos humanos” que andam de barraca em barraca a beber para depois tagarelar.

Guebuza, recorrendo a metodologia didáctica e interactiva que tem marcado os diversos comícios que já orientou desde o início da Presidência Aberta e Inclusiva, agora na penúltima província, fez um recuo no tempo e no espaço apontando, a título de exemplo, que o colonialismo permaneceu em Moçambique por 500 anos. Durante o meio milénio da presença colonial, os “nossos pais, os pais dos nossos pais e os seus avos nasceram e cresceram no colonialismo, que impôs as mais variadas formas de humilhação as gerações daquele período até chegar o momento em que os moçambicanos decidiram dar um rumo diferente a sua vida e história.

A consumação da viragem que os moçambicanos há muito ansiavam contou com o precioso contributo de Eduardo Mondlane, filho pródigo de Moçambique considerado “Arquitecto da Unidade Nacional”. Mondlane, segundo o presidente, foi em certo momento questionado pelos outros com quem juntos procuravam libertar o país, pois pensavam e acreditavam que a diversidade linguística era por si só um forte obstáculo à essa intenção. Todavia, Mondlane respondeu que a diversidade era, pelo contrário, uma grande força para a união e prova disso foi a consumação da independência nacional em 1975.

Apesar de acreditarem no presidente a avaliar pelas mensagens dos cânticos que marcaram a recepção de Guebuza em Camuenje, marcada pela exibição de várias manifestações do vasto mosaico artístico-cultural moçambicanos, com destaque para o “nyau” (património da humanidade), os residentes não deixaram de colocar questões sobre as dificuldades que enfermam o desenvolvimento. De entre estas questões, destaque vai para a necessidade de asfaltagem das vias de acesso determinantes para o escoamento da produção agrícola que é um dos motores de crescimento do distrito, a alocação de um tractor para lavrar os campos de cultivo, mais extensionistas para ajudarem a melhorar a os níveis de produção.

Na pauta reivindicativa, os residentes de Camuenje e outros postos do distrito de Chifunde pediram mais crédito para financiar iniciativas de desenvolvimento, tanto no domínio agrário bem como do ramo de empreendedorismo, que carecem de investimentos para “descolar”. Guebuza, que ouviu atentamente as questões levantas pelas populações, maioritariamente camponeses, alertou contra a necessidade de usar-se criteriosamente os recursos financeiros até aqui disponíveis, apontando, a título de exemplo, os casos de distritos que conseguiram comprar um tractor com recurso ao Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD).

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