Mais de 11 cornos de rinocerontes, supostamente abatidos no Kruger Parque, na África do Sul, ou no distrito moçambicano de Massingir, na província de Gaza, foram apreendidos, na segunda-feira (02) passada, no Aeroporto Internacional de Maputo, na posse de um cidadão de nacionalidade vietnamita, ora a contas a Polícia da República de Moçambique (PRM).
O visado estava para embarcar num voo para Nairobi, cujo destino final era o Vietname. Os troféus, que pesam 22 quilogramas e avaliados em mais de um milhão e quatrocentos mil dólares, estavam retalhados e escondidos em duas malas.
Perdeu-se a conta de vezes que cidadãos estrangeiros são detidos por conta deste tipo de crime mas publicamente são desconhecidas as medidas punitivas.
Carlos Pereira disse à televisão pública moçambicana que após a apreensão os troféus foram entregues à Administração Nacional das Áreas de Conservação, pela Polícia.
Pelas dimensões dos cornos pode-se concluir que um dos aninais abatidos é de grande porte. Refira-se que esta é a segunda apreensão de troféus de rinocerontes em menos de dois no mesmo.
Aliás, os vietnamitas, tailandeses e chineses lideram a lista das detenções em conexão com este tipo de crime. Todavia, não são visíveis as medidas de punição aos infractores, principalmente dos cidadãos estrangeiros em alusão que caem nas mãos das autoridades, por implicação nestes casos.
Por exemplo, a 12 de Maio de 2015, 65 cornos de rinoceronte, com peso estimado em 124 quilogramas, foram apreendidos num dos condomínios luxuoso em Tchumene, no município da Matola, e dias depois roubados nas instalações do Comando Provincial da Polícia, numa madrugada.
O local que estava trancado com três cadeados, cujas chaves estavam confiadas a igual número de pessoas. O produto, que tinha sido apreendido na residência de um cidadão chinês, fazia parte de um lote que incluía 340 pontas de marfim, o que equivale a 1.160 quilogramas. Volvido um ano, desconhece-se o desfecho do caso.