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Apenas Naturais não ascenderam a altos cargos

Até parece não ter interesse olhar este assunto, mas para um bom entendedor desta matéria de política pode ver que alguma coisa não anda bem. Ora, lembramo-nos deste assunto, a propósito desta recente nomeação da Carvalho Muária, ao cargo de Vice-Ministro das Obras Públicas e Habitação, no novo governo formado pelo presidente, Armando Guebuza cuja a tomada de posse aconteceu esta segunda-feira em Maputo.

Vamos aos casos. Como dizíamos, dos governadores que passaram pela província da Zambézia, desde a independência nacional ate agora, apenas dois, Bonifácio Gruveta e Orlando Candua, naturais desta província é que nem sequer ascenderam a outros cargos de alto nível. Outros que por aqui passaram e que não são naturais, apanharam um voo e subiram e de que maneiras.

Estamos a falar de Oswaldo Tanzama que passou por aqui, dai ascendeu a um cargo no ministério da Defesa que se assemelhava com o de viceministro e dai foi sucedido por Mário Machungo, que acumulava as funções de Primeiro-Ministro e ao mesmo tempo Governador da Zambézia. De seguida, veio Carlos Agostinho de Rosário, que após seu mandato subir para ministro de Agricultura e Pescas, na altura e agora embaixador de Moçambique na Índia.

Finda a era de Carlos Agostinho, veio Lucas Chomera, que cinco anos depois, foi nomeado ministro de Administração Estatal, cargo que deixou a uma semana. Depois dele, veio Carvalho Muária, desconhecido na política, mas Guebuza o nomeou governador da Zambeze, que agora apanhou um voo e já é vice-ministro das Obras Públicas e Habitação.

Vejam a lista e só dois, os que nasceram nesta terra é que ficaram contentes em serem governadores. Dai nada mais se viu. Gruveta como de sempre, encostouse mais ao partido, possivelmente é o que lhe faz bem. Sentar-se na Assembleia da República, ser respeitado como mais velho, enfim e outras coisas que dele pesam. Candua, não foi mais além, senão ser Inspector do ministério do Turismo. Esta forma de ser deixa os que entendem um pouco preocupados.

Não se percebe o porque o governo central deixou para trás os governantes naturais da Zambézia, que como os outros foram governadores. Isto deixa as mentes perplexas e não se percebe os porquês desta atitude. Fizemos este artigo apenas para recordar as mentes esquecidas. Aliás, diz-se que os homens passam mas a história fica. Ficou mesmo. Gruveta e Candua, não mais subiram, ficaram como governadores e por ai.

Em contrapartida, Tanzama (falecido), Machungo, Do Rosário e Chomera, tiveram um voo rasante. Resta saber qual dos boeings Itai Meque vai apanhar, visto que até 2014, estará na Zambézia, fazendo o seu check-in. Então dá para dizer, Zambézia é mesmo um diamante em lapidação.

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