Somente duas empresas moçambicanas dispõem de certificação de qualidade para competir livremente nos restantes países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
A maior parte das firmas moçambicanas com certificação de qualidade é de média e grande dimensão, segundo Alfredo Sitoe, director do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ).
Em Moçambique, as pequenas empresas são constituídas por um número igual ou inferior a 10 trabalhadores e são, na sua maioria, “muito frágeis e susceptíveis de fracassar” devido à má gestão de qualidade, particularmente financeira e organizacional, de acordo com Sitoe.
O mercado moçambicano tende também a tornar-se cada vez mais competitivo e exigente devido à melhoria do seu ambiente de negócios, realçou aquele responsável, salientando que a situação exige que todas as empresas nacionais tenham estratégias dinâmicas para “criar e manter as suas vantagens competitivas no mercado doméstico e regional”.
Refira-se que dados do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade indicam que apenas 100 das 519 normas internacionais de certificação de qualidade de produtos e serviços é que estão a ser cumpridas por empresas moçambicanas de diferentes sectores de actividade produtiva.
Os maiores cumpridores daquelas normas são os chamados megaprojectos, de acordo ainda com o INNOQ, salientando que a fraca adesão das pequenas unidades económicas do país àquelas regras contribui para os baixos níveis de competitividade de Moçambique no mercado internacional.