O porta-voz da Renamo, maior partido da oposição, António Muchanga, foi ouvido em audição, esta terça-feira (15), pela Procuradoria-Geral da República (PGR), na capital do país, após ter sido detido, na semana passada, à saída do recinto da Presidência da República, depois do Conselho de Estado (CE). No fim da audição, que durou cerca de três horas, Muchanga terá sido levado novamente à Cadeia da Máxima Segurança, vulgo BO, para onde foi transferido, na quarta-feira (09), após a legalização da sua detenção pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo.
Por sua vez, a sua advogada, Alice Mabota, recusou-se a falar à imprensa sobre como e o que foi decidido durante a audição. “Eu não vou falar nada. Eu não chamei ninguém”, disse Mabota, perante a insistência dos jornalistas que tentavam arrancar alguma informação em torno da sessão na PGR.
O quadro da Renamo viu sua detenção legalizada pelo Tribunal Judicial da Cidade de Maputo e transferido para a Cadeia de Máxima Segurança, vulgo BO.
No entanto, supõe-se que essa legalização tenha ocorrido sem a observância das normas legais, uma vez que o detido é membro do Conselho de Estado, eleito pela Assembleia da República (AR) e antes da detenção gozava de imunidade daí que aquele órgão não tem competência para o efeito.