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Antigos vigilantes da embaixada britânica manifestam-se em Maputo

Cerca de 100 antigos guardas do Alto Comissariado da Grã-Bretanha em Maputo começaram, esta segunda-feira, a manifestar-se por tempo indeterminado, exigindo o pagamento de “indemnização justa” e contra a suposta “sonegação” de segurança social pela instituição.

 

 

Em 2004, o Alto Comissariado da Grã-Bretanha em Maputo aboliu o serviço de guarda privada e integrou-os na G4S, a maior empresa de segurança privada do país, mas parte dos antigos trabalhadores não conseguiu enquadramento.

Apesar de, na altura dos despedimentos, os guardas possuírem a mesma categoria que os jardineiros do Alto Comissariado britânico (embaixada) na capital moçambicana, ambos auferiam ordenados diferentes: os primeiros recebiam 175 dólares (cerca de 6500 meticais) e os últimos 418 dólares (15 500 meticais).

Agora, os antigos guardas acusam o Alto Comissariado britânico de não ter canalizado os valores descontados para a segurança social e exigem uma “indemnização justa”, respeitando a categoria a que pertenciam à altura da rescisão contratual: “A letra Z é a mesma dos jardineiros sem nenhuma discriminação”.

Batucadas

Desde as 06:00 de segunda- feira que os antigos guardas se juntaram em frente ao portão principal das instalações do Alto Comissariado britânico em Maputo, com apitos, batuques e letreiros reivindicativos, numa manifestação pacífica.

A Polícia está no local desde as primeiras horas das manifestações. Os responsáveis pela comissão dos guardas afirmaram que o grupo tentou negociar com o patronato, mas este pede para aguardarem pela resposta das autoridades londrinas, pelo que os queixosos decidiram remeter a um tribunal de Maputo os casos de eventual “sonegação” da segurança social e o de falta de respeito pela categoria.

“Exigimos o pagamento da segurança social”, até porque “a lei moçambicana estabelece a obrigatoriedade e responsabilidade da entidade empregadora” na canalização dos valores à entidade competente e “exigimos a indemnização justa de acordo com a nossa letra ´Z` que é a mesma dos jardineiros sem nenhuma discriminação”, indica o préaviso de greve.

Fonte do Alto Comissariado da Grã-Bretanha em Maputo indicou que a instituição “está ciente do assunto”, mas lembrou que já “submeteu recurso ao Tribunal Supremo” por não ter concordado com a sentença proferida pelo tribunal de primeira instância, que foi favorável aos ex-trabalhadores.

Contudo, os guardas contestaram os argumentos: “Eles estão a confundir os assuntos, porque o caso de que falam tem a ver com os despedimentos.

Agora estamos a reclamar o pagamento justo da letra e a canalização dos descontos à segurança social”, argumentou um dos manifestantes.

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