Um antidepressivo que fracassou em sua função original aparece como a resposta feminina ao Viagra, revelou na terça-feira um cientista que analisou a droga.
As mulheres submetidas ao medicamento flibanserin durante os testes do antidepressivo não tiveram um progresso em seu ânimo, mas sentiram “um aumento de sua libido”, disse à AFP John Thorp, um dos pesquisadores encarregados dos testes clínicos do medicamento. A falta de desejo é o problema mais comum entre as mulheres de 30 a 60 anos, do mesmo modo que a disfunção erétil entre os homens, que é tratada com o Viagra e outros medicamentos similares, destacou Thorp.
“Os homens mantêm o desejo, mas não podem aCtuar corretamente, já as mulheres perdem o interesse. O Viagra e outros medicamentos para a disfunção erétil trabalham na irrigação sanguínea, mas o flibanserin age no cérebro”, disse Thorp. Diante desta reaCção positiva das mulheres ao flibanserin, o laboratório alemão Boehringer Ingelheim passou a analisar o efeito da droga sobre a libido das mulheres, e estudos clínicos realizados no Canadá, Europa e Estados Unidos concluíram que 100 miligramas diários provocam “progressos significativos”.