Os preços da electricidade serão agravados no início de 2014, após a aprovação, pelo Governo, da proposta de aumento submetida ao Executivo pelos gestores da companhia fornecedora desta energia.
A proposta contendo a nova tabela preçário já está na posse do Conselho de Ministros para análise e aprovação. Segundo Paulo Nhantumbo, director-adjunto financeiro da empresa Electricidade de Moçambique (EDM), o documento foi elaborado por uma comissão encarregue de propor os preços a vigorar a partir do ano de 2014.
Nhantumbo não indicou a data da aprovação da nova tabela de preços, alegando que a comissão já fez o seu trabalho, incumbido pelo Governo, cabendo a este apro- var tal como está sugerido ou com algumas modificações.
Deterioração da situação financeira da EDM O agravamento tarifário da energia, a partir de 2014, foi sugerido pelo Fundo Mo- netário Internacional (FMI) para travar a deterioração da situação financeira da empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM).
Segundo a proposta desta instituição financeira internacional, tal agravamento deriva do facto das actuais tarifas de electricidade serem inferiores aos níveis de recuperação dos custos, provocando “deterioração contínua da situação financeira da empresa Electricidade de Moçambique (EDM)”.
Segundo ainda o FMI, o Governo concedeu transferências através da anulação dos empréstimos disponibilizados e um novo contrato de gestão está em fase de negociações antecedido pela efectivação de um estudo para o aumento e reestruturação das tarifas, “mantendo os custos reduzidos para os consumidores com baixos rendimentos”.
O corpo técnico do FMI que, em Junho de 2013, esteve em Moçambique em missão de trabalho propôs ao Governo a cobertura dos custos de investimento do programa de electrificação rural e o seu próprio consumo de energia para iluminação das vias municipais e ajustar gradualmente as tarifas para os níveis de recuperação dos custos.
Termina o documento do FMI referindo que uma base financeira sólida da EDM ajudaria a atrair investidores para os planos de expansão massiva e favoreceria o acesso à electricidade, que actualmente serve apenas 38% da população e dificulta o desenvolvimento económico de Moçambique.