Moçambique vai enviar, no decurso do corrente ano, 15 jovens que vão receber formação técnica no ramo de geologia e minas no Instituto Nacional de Petróleos (INP) de Angola, dada a crescente demanda de quadros para esta nova realidade no país.
Para o efeito, o INP e o Ministério dos Recursos Minerais (MIREM) rubricaram hoje em Maputo um Protocolo de Cooperação Técnica, com quatro anos de vigência, que preconiza a formação no sector petrolífero, a nível técnico-profissional, naquele país.
O protocolo foi assinado pelo Secretário Permanente do MIREM, Horácio Belenguene, e pelo director do INP, Domingos Francisco, testemunhado por quadros seniores do ministério e pelos integrantes da delegação angolana que se encontra no país.
Ao abrigo do protocolo definir-se-á a operacionalização dos mecanismos de acolhimento e de formação, por parte do INP, de jovens estudantes moçambicanos, com o propósito de aquisição e desenvolvimento de competências técnico-profissional no sector petrolífero.
Belenguene disse, no final da cerimónia de assinatura do protocolo, que o país está aberto a cooperação em várias áreas com Angola e o protocolo assinado cria os alicerces para formação na área de petróleo, bem como espelha as acções desenvolvidas entre o MIREM e o Instituto de Petróleo de Angola.
“Temos técnicos em formação para reforçar a capacidade nesta componente petrolífera”, revelou Belenguene, e anotou que os 15 técnicos que vão frequentar cursos na área de geologia e minas e, mais tarde, em matérias de nível superior.
O Estado moçambicano, segundo a fonte, está bastante optimista por acreditar que a formação a ser adquirida em Angola contribuirá para o desenvolvimento do país na componente de hidrocarbonetos.
A fonte referiu-se as várias acções de prospecção e pesquisa de hidrocarbonetos em curso na bacia do Rovuma, norte do país, bem como projectos ligados a exploração de gás natural em curso.
Para o desenvolvimento destes e outros projectos a componente técnica é, segundo o secretário permanente, bastante essencial. Moçambique realizará deslocações contínuas de seguimento do plasmado no protocolo.
Domingos Francisco disse, por seu turno, que a instituição por ele liderada se compromete a garantir uma boa formação aos jovens moçambicanos, dotando-os de conhecimentos que os permitam exercer com competência aquilo que se espera deles.
A fonte disse, por outro lado, que o INP vai alargar ainda este ano o leque de cursos ministrados na instituição e passará a incorporar áreas de geologia e minas, perfuração e produção, refinação e instrumentação, gás no nível superior.
O envio dos jovens moçambicanos aquele país irmão, localizado na costa atlântica da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), surge do âmbito da Estratégia de Formação para o Sector Geológico e Mineiro, aprovada, em 2010, pelo Conselho de Ministros, e prevê formar um total de 780 quadros em diversos cursos, durante o período em referência