O Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder na África do Sul, chumbou terça-feira uma tentativa da Aliança Democrática (DA, oposição oficial) de exigir do Parlamento para examinar as conclusões do Provedor de Justiça sobre o caso da residência privada do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, avaliada em vários milhões de dólares americanos.
O ANC, na voz do presidente da sua bancada parlamentar, Stone Sizani, rejeitou este movimento alegando que a DA não seguiu todos os trâmites requeridos para introduzir esta queixa. De acordo com Sizani, a DA deveria ter consultado o ANC e outros partidos antes de propor uma “moção surpresa”.
O líder da bancada parlamentar da DA, Musi Maimane, solicitou terça-feira ao Parlamento para se pronunciar sobre as manobras dilatórias feitas por Zuma para esclarecer este assunto, sublinhando que o relatório de 132 páginas do Provedor da Justiça continua sem reação do acusado.
Tendo em conta o último desenvolvimento, a DA prevê doravante recorrer à justiça para esclarecer este escandaloso caso. O presidente da DA, James Selfe, declarou que o seu partido vai “recorrer aos tribunais para obrigar o Presidente Zuma a explicar-se a fim de se acabar com esta inconstitucionalidade do Provedor de Justiça, protetor dos cidadãos.”
O Presidente Zuma é objecto de críticas na sequência de revelações segundo as quais 24 milhões de dólares dos contribuintes foram gastos para a remodelação da sua fazenda privada.
