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Anadarko vai inicia exportação de gás liquefeito em 2018

As primeiras exportações do gás liquefeito pela multinacional norte-americana Anadarko deverão ser feitas a partir de 2018 pela fábrica de liquefação do gás natural, recurso natural a ser extraído na área 1 (um) da Bacia do rio Rovuma, no distrito de Palma, província de Cabo Delgado.

Resultados de levantamentos sísmicos realizados pela companhia apuraram a existência naquela área de “enormes reservas” de gás natural, numa área de cerca de sete mil qui- lómetros quadrados, segundo Assif Mussa, coordenador de Negócios da Anadarko.

Mussa indicou terem sido já feitos até finais de 2012 19 furos, dos quais 10 de pesquisa e nove de avaliação do potencial de reservas do gás natural, o que permitiu a descoberta de cerca de 50 triliões de pés cúbicos do gás natural que constituem a quantidade suficiente para suportar um investimento para a liquefação do gás para exportação, de acordo ainda com Mussa.

Palma

Entretanto, cerca de três biliões de dólares deverão ser apli- cados pela Anadarko para a fase de implementação do Projecto de Gás Natural Liquefeito (LNG) que se encontra na sua fase de desenho técnico que inclui es- tudos de viabilidade económica, financeira e tecnológica.

O projecto terá duas unidades de processamento para escoamento de 14 triliões de pés cúbicos de gás para consumo interno e para exportação e está a ser montado no distrito de Palma onde está em vista a construção de um aeroporto internacional e um porto dedicado à construção e manutenção do empreendimento, entre várias infra-estruturas.

Paralelamente a estas actividades estão em curso acções de introdução de um programa de formação de quadros moçambicanos no país e no estrangeiro e de cadeiras específicas para formação de nacionais pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM) que está a desenvolver um curriculum de Engenharia do Petróleo orçado em cerca de três milhões de dólares, de acordo igualmente com Assif Mussa.

Presentemente existem cerca de 20 moçambicanos qualifica- dos do total de 1400 trabalhado- res que directa ou indirectamen- te estão envolvidos em trabalhos de construção de blocos para o melhoramento do local de implantação da fábrica.

Encontram-se ainda em processo de recrutamento 12 profissionais moçambicanos que beneficiarão de um programa de formação profissional nos Estados Unidos da América (EUA).

Frisa-se, entretanto, que a Anadarko está em Moçambique desde 2006 ao abrigo de um contrato de concessão para pesquisa e produção de gás contemplando duas fases, sendo a primeira de pesquisa e a segunda de desenvolvimento e produção deste recurso natural.

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