Cerca de 520 milhões de dólares norte-americanos acabam de ser pagos pela companhia norte-americana Anadarko ao Estado moçambicano, em forma de impostos, pela venda anunciada de acções para redução da sua participação no bloco da bacia do Rovuma.
Ao longo de 2012, a companhia desenvolveu actividades de prospecção, avaliação e desenvolvimento de fontes de abastecimento e de centros de apoio operacional, tendo despendido cerca de dois mil milhões de dólares em estudos sísmicos, principalmente, e em outros trabalhos em poços de prospecção e avaliação, segundo Iva Sheila Garrido, coordenadora do Departamento das Relações Externas da Anadarko.
Garrido acrescentou que até finais de 2013 a cifra aumentou para três mil milhões de dólares em actividades que compreenderam trabalho adicional de avalia?ão, perfura?ão adicional de poços de prospecção e avaliação, teste de poços, caracterização do local em terra, bem como estudos para preparar a execução do projecto de Gás Nacional Liquefeito (GNL) de escala global.
Contrato
A Anadarko possui um contrato de partilha de produção assinado com o Governo moçambicano impondo que todos os custos associados ao projecto devem ser analisados por ele, incluindo a análise dos planos de trabalho e orçamentos anuais.
Iva Garrido esclareceu, por outro lado, que a sua companhia está apostada em entregar o projecto dentro dos prazos estabelecidos, sublinhando que o sucesso e o tempo do projecto também exigem alinhamento contínuo com o Governo em acções de enquadramentos legal, contratual e regulatório estável exigido pelos investidores, financiadores, compradores do gás natural liquefeito e empreiteiros.
Indicou, finalmente, que já está garantido mercado para o gás natural liquefeito moçambicano no Qatar, Austrália e América do Norte. Refira-se, entretanto, que o gás natural foi descoberto numa profundidade de cerca de 1500 metros ao largo da bacia do Rovuma.