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Amnistia Internacional no Senegal denuncia expulsão de jornalista tchadiano

O diretor da Amnistia Internacional no Senegal, Seydi Gassama, denunciou, esta Sexta-feira (10), em Dakar, a detenção e a expulsão para a Guiné do jornalista blogueiro tchadiano Makaila Nguebla pelas autoridades senegalesas, afirmando que elas constituem uma violação dos direitos humanos.

Falando durante uma conferência de imprensa sobre a expulsão do jornalista blogueiro e opositor tchadiano, Gassama afirmou que o Senegal sempre foi uma terra de asilo e garante das liberdades nomeadamente de expressão, sublinhando que a sociedade civil senegalesa está preocupada com esta detenção que viola gravemente as disposições da Constituição, mas também o artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos e muitos outros textos e tratados internacionais ratificados pelo país.

A Amnistia Internacional Senegal e a sociedade civil interpelam as autoridades senegalesas sobre os verdadeiros motivos desta detenção e exigem o regresso incondicional do jornalista ao Senegal. Makaila Nguebla é requerente de asilo no Senegal desde 2005. É um jornalista blogueiro engajado e que através do seu blog denuncia a gestão do poder e os actos do regime no Tchad.

Seydi Gassama declara-se “preocupado e consternado” com esta nova propensão das autoridades senegalesas a expulsar requerentes de asilo perseguidos ou que não podem gozar de liberdades inalienáveis nos seus países, acrescentando que depois de o opositor gambiano Koukaye Samba Sagna é hoje a vez de Makaila Nguebla.

Segundo ele, a partir da Guiné o jornalista blogueiro tchadiano poderá a qualquer momento ser extraditado para o Tchad, notando que «será extremamente grave» devido aos últimos desenvolvimentos e às tendências repressivas e de censura dos jornalistas no Tchad.

A Amnistia Internacional no Senegal e a Liga Senegalesa dos Direitos Humanos decidiram organizar manifestações nos próximos dias para reclamar pelo regresso ao Senegal de Makaila Nguebla.

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