A província central de Manica voltou, em 2011, a ser a maior produtora moçambicana de leite destinado ao consumo doméstico, graças a um investimento do Governo dos Estados Unidos da América (EUA) na ordem de aproximadamente 4,5 milhões de dólares norte-americanos.
Aquele valor foi aplicado, em 2009, pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) e pela cooperativa americana Land O’Lakes International Development no fornecimento de trigo distribuído a cerca de 400 vacas leiteiras locais, segundo fonte documental da Embaixada daquele país em Moçambique.
Graças àquele investimento, os rendimentos de pequenos agricultores locais ligados à produção de leite passaram de 37 dólares norte-americanos por mês, antes do projecto, para os actuais 106 dólares norte-americanos/mês, de acordo com a mesma fonte, salientando que a iniciativa já beneficia perto de 347 mil pessoas daquelas regiões.
O projecto contemplou ainda a formação de agricultores locais em técnicas de conservação do solo, recolha de leite, comercialização e criação de animais, processamento e distribuição de leite e ainda ajudou na criação de 11 associações e três cooperativas de lacticínios em Manica.
Refira-se que, no passado, a província de Manica era tida como uma das melhores zonas para a criação de gado devido ao seu clima e ao acesso a vários mercados.
Contudo, devido ao conflito armado entre o Governo da FRELIMO e a antiga guerrilha da Renamo, terminado em 1992, o efectivo daqueles animais foi reduzido para níveis sem valor comercial.
Refira-se ainda que a Land O’ Lakes International Development é uma organização norte-americana sem fins lucrativos que opera na promoção da agropecuária em vários países africanos desde 1994.