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Amélia e Rady salvaram a honra de Moçambique conquistando ouro no Africano de Boxe da zona IV

Amélia e Rady salvaram a honra de Moçambique conquistando ouro no Africano de Boxe da zona IV

Foto de Adérito CaldeiraAs pugilistas Ângela Machanguana e Rady Gramane salvaram a honra de Moçambique no Campeonato Africano de Boxe da zona IV conquistando ouro nas finais disputadas na sexta-feira(29), na cidade de Maputo. O nosso país terminou a prova na terceira posição, a selecção do Botswana reconquistou o torneio da região Austral de África, e ficou com o troféu Fair Play, talvez pela “porrada” que os pugilistas moçambicanos apanharam na sua casa.

Destemida a pequena Ângela entrou ao ataque para o ringue, no pavilhão do Estrela Vermelha, enfrentando a tswana Keamogetse Kenosi na final da categoria pesos pluma (57 – 60kg). Com alguns jabes directos a moçambicana acertou na face da pugilista do Botswana que entretanto fugiu das investidas e ripostou com alguns socos directos.

Foto de Adérito CaldeiraApesar do apoio do público nas bancadas a jovem pugilista de 24 anos de idade não entrou bem para o segundo assalto e Keamogetse Kenosi controlava os ataques iniciais da moçambicana e com segurança desferiu alguns socos directos bem sucedidos. Mas a moçambicana dava luta, e após alguns a clinch´s para recuperar algum fôlego, voltou ao ataque com jabes.

O assalto final final começou com jabes e socos directos a sucederem-se de Ângela ora de Keamogetse, mas a moçambicana estava determinada a repetir a proeza do Africano passado e atacou com mais directos na face da sua opositora que garantiram a vitória final por 2 a 1 e a primeira medalha de ouro do torneio para o nosso país.

O equilíbrio e disputa que marcaram o confronto valeram à Ângela Machanguana, atleta da academia Lucas Sinoia, o título de melhor pugilista do Africano e este combate foi eleito o melhor deste Campeonato em femininos.

Rady conquista segunda medalha de ouro para Moçambique

Foto de Adérito CaldeiraNa outra final feminina, em pesos médios(69 – 75 kg), novo confronto Moçambique vs Botswana. Rady Gramane, a nossa representante, entrou ao ataque com jabes directos e conseguiu desequilibrar Keneilwe Rakhudu que quase foi ao tapete. A tswana estava atordoada e Rady acertou alguns directos com o seu punho direito.

No segundo assalto Keneilwe passou ao ataque acertando alguns jabes directos, na defensiva a moçambicana “dançava” e procurava evitar o socos da sua oponente. Depois Rady desferiu alguns jabes directos e acertou pelo menos um directo com a sua direita na face da tswana.

Keneilwe voltou ao ataque, a moçambicana parecia cansada e recorreu a alguns clinch´s para deixar o tempo correr. A tswana acertou alguns directos e com jabes fazia sofrer Rady. A moçambicana, medalha de ouro no Africano de 2015 e bronze no Jogos Africanos, reagiu e atacou.

Uma sequência de directos de ambas pugilistas animaram o público até ao gong final, 2 a 1 venceu a jovem moçambicana de 20 anos de idade, treinada pelo melhor pugilista que Moçambique já teve: Lucas Sinoia.

Masculinos defraudaram expectativas

Já a noite de sexta-feira ia alta quando iniciaram os mais aguardados combates, as finais onde lutaram Paulo Jorge, Lourenço Cossa e Isac Dimande.

Foto de Adérito CaldeiraNos pesos pluma Kabelo Bagwasi não deu a mínima chance a Paulo Jorge, ainda o moçambicano estava a ouvir os apoios das bancadas e já sofria alguns directos do twsana. Depois Paulo quase tropeçou ao sofrer uma sequência de jabes directos. O moçambicanos tentava atacar Kabelo mas acertava mais no ar enquanto o tswana controlava o combate e sabia claramente como somar os pontos necessários para vencer o confronto por 3 a 0.

Em seguida as expectativas do público viraram-se para Lourenço Cossa, na categoria dos 69 kg, que entrou ao ritmo de uma música pré-seleccionada. Enquanto o moçambicano ainda dançava já Lentswe Zwimila atacava-lhe com directos.

Lourenço conseguiu acertar alguns jabes directos mas os seus socos passavam longe da face de Lenstswe. Já cansado, e após tentar alguns clinch´s, Lourenço continuou a ser massacrado levando o árbitro a parar o combate para uma contagem. O confronto recomeçou e o ataque tswana também e só parou ao som do gongo final, 3 a 0 venceu o pugilista do Botswana.

Nem mesmo Isac Dimande, apelidado de “Tyson” moçambicano, foi capaz de conseguir uma vitória nas finais masculinas. Enfrentando o angolano Ferdinando Pedro, nos pesos pesados (91 kg), e depois de um assalto inicial de estudo mútuo Isac partiu ao ataque porém a melhor mobilidade do seu opositor dificultava a pontaria dos seus directos.

Quando começou a atacar Ferdinando foi implacável com socos directos e cruzados que levaram Isac a soltar a sua protecção de dentes. Mais crescido e com menos mobilidade Isac não teve pernas para dar muita luta e foi derrotado por 2 a 1.

No final a selecção do Botswana revalidou o título da zona Austral, com 10 pontos, seguida pela África do Sul com 9 pontos e Moçambique com 8 pontos, posição idêntica a ocupada no Africano de Pretória em 2015. Na quarta posição ficou a selecção de Angola com 5 pontos, Namíbia no quinto lugar com 4 pontos e em último quedou-se a Suazilândia com 3 pontos.

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