A província central da Zambézia perde por ano mais de quatro milhões de dólares norte-americanos de exportações, em consequência do amarelecimento letal do coqueiro, doença que está a afectar as plantas naquele ponto de Moçambique.
O coqueiro é uma cultura de rendimento que estimula a renda de muitas famílias naquela região do país, mas devido a doença a sua produção baixou e por conseguinte vários tipos de emprego de trabalho afectados, incluindo madeira para a indústria de construção e para a produção de urnas (caixões).
Segundo o Jornal ‘Notícias’, além da redução do volume de exportações da copra o produto também baixou qualitativamente devido a factores conjunturais como pragas bem a conservação das áreas de cultivo durante o conflito armado dos 16 anos.
As estimativas até então feitas indicam que uma área de 110 mil hectares de coqueiros está afectada pela doença, com um nível de infestação a atingir entre 22 e 28 por cento da área total.
No contexto dos esforços do Governo em parceria com o Millennium Challenge Account (MCA) foram até ao momento atribuídas 136 mil mudas de coqueiro, nos distritos de Namacurra, Maganja da Costa, Inhassunge e Chinde. Paralelamente, foram abatidas 121.314 palmeiras nos mesmos distritos medida que visa assegurar a erradicação da doença.
Segundo Luís Tomo, do governo provincial da Zambézia, os novos coqueiros parecem ser resistentes à doença, muito em particular a variedade que foi importada da Costa do Marfim.
No ano passado, o MCA Moçambique, o mais importante programa de ajuda do governo federal dos Estados Unidos da América (EUA), atribuiu 17,4 milhões de dólares para combater a doença ao longo de cinco anos.
Nesse contexto, serão plantados nos próximos cinco anos, nas províncias da Zambézia e Nampula, esta última no norte do país, mais de um milhão de coqueiros.
Na Zambézia, cerca de 15 por cento da população, estimada em 3.890.453, depende dos coqueiros para garantir a sua subsistência.