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Alunos sem vagas no ensino presencial sugeridos ensino à distância em Maputo

Alunos sem vagas no ensino presencial sugeridos ensino à distância em Maputo

Foto de Emildo SamboO ano lectivo de 2018 arranca dentro de sensivelmente duas semanas, a 02 de Fevereiro próximo, nas escolas públicas de Moçambique. Na capital Maputo, as matrículas ainda estão em curso em muitos estabelecimentos de ensino, sobretudo da periferia, e decorrem num ambiente de verdadeira azáfama. Os pais e encarregados de educação a procurarem, a todo custo, vagas para os seus educandos da 8a e 11a classes, que registam maior procura a cada início do ano. Há alunos que por conta própria ou a mando dos seus progenitores estão, também, na mesma lufa-lufa, mas as direcções das escolas alegam que não estão em altura de satisfazer a todos devido à exiguidade de vagas. Todavia, a Direcção da Educação e Desenvolvimento Humano da Cidade de Maputo sugere que aqueles que não abrangidos pelo sistema optem pelo ensino à distancia, que este ano contará com mais de 4.400 vagas.

Centenas de estudantes poderão não frequentar e escola, este ano, por causa da crónica escassez de vagas, o que tem sido comum anualmente.

Armando João Muthemba, director-adjunto na Direcção da Educação e Desenvolvimento Humano da Cidade de Maputo, disse que os alunos e os pais e encarregados de educação não devem apenas olhar para o ensino presencial como único que pode dar o saber. Pode-se optar pelo ensino à distância, outra modalidade de instrução que, pese embora a sua funcionalidade seja alvo de algumas críticas, “é de confiança”.

“Nós já realizámos ou estamos a realizar as matrículas”, começou por explicar a fonte, ajuntando que todas as crianças da 8a classe, com 15 anos de idade, frequentarão o curso diurno, enquanto as da 11a classe, até 17 anos, também deverão estudar de dia.

De 18 anos em diante, vão para o curso nocturno, enquanto os que não forem abrangidos pelo ensino presencial, podem frequentar o programa do ensino secundário à distância.

Esta modalidade de instrução está dividida em dois níveis, sendo um do primeiro ciclo (8a a 10a classes) e outro do segundo ciclo. Aquele, denominado Programa do Ensino Secundário à Distância 1 (PESD 1), foi introduzido há pelo menos cinco anos e funciona em todos os distritos municipais da cidade de Maputo, excepto no KaNhaca.

O Programa do Ensino Secundário à Distância 2 (PESD 2) diz respeito ao segundo ciclo do ensino secundário (11a a 12a classes). Este só é ministrado em dois distritos municipais, a saber: Nlhamankulu, concretamente na Escola Secundária de Lhanguene; e distrito municipal KaMavota, na Escola Secundária Joaquim Chissano.

De acordo com Armando Muthemba, esta modalidade de ensino é relevante porque permite ao estudante ocupar-se com outras tarefas de geração de renda familiar enquanto estuda.

Antes de começarem a realizar as actividades curriculares, os alunos recebem um guião que lhes instrui como é que devem estudar à distância.

Para 2018, foram disponibilizadas 4.114 vagas para o PESD 1 e 335 para o PESD 2. O exame feito no fim cada ciclo é o mesmo do ensino presencial, disse Armando Muthemba.

No ano passado, “este ensino atingiu 71% de aproveitamento (…). Este não é um ensino qualquer. Os alunos conseguem ter as mesmas habilidades” como os do outro tipo de ensino. “Nós temos que ter fé e confiança neste ensino”, considerou a fonte admitindo que a sociedade ainda tem um pouco de receio em aderir a esta modalidade de instrução, por se trata de “um novo método e uma nova forma de educação”.

Armando Muthemba falava numa conferência de imprensa cujo objectivo era dar a conhecer os passos sobre a preparação da abertura do lectivo de 2018 e do programa do ensino secundário à distância.

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