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Alunos exigem exoneração imediata do corpo directivo

Estudantes do Instituto Agrário de Ribáué exigem das autoridades da educação e Cultura a exoneração em bloco e imediata do director e do respectivo chefe do internato, considerados culpados pela falta de comida naquela instituição do Estado.

Os 519 estudantes, 156 dos quais do nível médio, alimentam-se basicamente de feijã cute e matapa de feijão, às vezes sem chima. E dizem que têm, costumam até, passar muitos dias sem qualquer refeição, facto que lhes dificulta a assimilação da matéria pedagógica.

Para além do problema de alimentação, os estudantes disseram que não têm direito à assistência médica e medicamentosa, uma vez que a unidade sanitária local não possui de medicamentos para os primeiros socorros. As camas e os colchões só servem para um punhado de alunos, enquanto os restantes dormem no chão , com todos os riscos inerentes.Quando um aluno padece de alguma enfermidade, é evacuado, a pé, pelos colegas para o Centro de Saúde da sede do distrito, que dista cerca de nove quilómetros, alegadamente porque o Instituto não possui meios de transporte.

O Wamphula fax escalou, na última Quinta-feira, aquele estabelecimento de ensino técnico profissional e constatou que a formação dos futuros agrónomos está a ser efectuada no meio de muitas dificuldades, apesar de estar agendada para este ano a graduação dos primeiros técnicos médios agropecuários. De acordo com os nossos entrevistados, todas as irregularidades ocorrem com a nova direcção colocada há dois anos, que é acusada de pilhar os escassos recursos de que aquela instituição dispõe.

Disseram que as aulas práticas são efectuadas na base de enxadas trazidas de casa, uma vez que a instituição não possui qualquer equipamento. Face a esta situação, questionamos Inácio Miquithaúnde, director do Instituto, acerca do que estaria a acontecer na sua instituição. Em resposta, Miquithaúnde reconheceu haver graves problemas de comida no lar, devido não só à insuficiência da verba orçamental, como, também, da complexidade no sistema de transferência automática dos fundos do Estado e da morosidade dos fornecedores de produtos alimentares aos lares naquela região.

Segundo a nossa fonte, o Instituto Agrário de Ribáuè recebe do governo provincial 67 mil meticais para o internato, valor considerado insuficiente para alimentar mais de 500 estudantes. Aquele responsável referiu, ainda, que, ao nível do distrito, foi contratado um agente económico para fornecer produtos alimentares ao centro, mas este não tem honrado com os seus compromissos, estando em curso acções, visando a identificação de um outro fornecedor.

Reconheceu, igualmente, que não existem condições em algumas cadeiras para as aulas práticas, como Biologia, Química e Física.

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