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Alunos envolvidos em violência na escola J. Machel serão expulsos

Os dois estudantes envolvidos no episódio de violência registado a semana passada na Escola Secundária Josina Machel, na capital moçambicana, vão ser expulsos deste estabelecimento, segundo anunciou sexta-feira o respectivo director, Armindo Mutimba.

Falando a jornalistas no final de uma reunião com os encarregados de educação dos alunos envolvidos na pancadaria, Mutimba explicou que a ideia não é tornar os alunos criminosos, mas tão-somente reeducá-los e dissuadir os outros alunos a não pautarem por comportamentos menos correctos.

Após a ocorrência, foi constituída uma comissão de inquérito para averiguar a briga entre os dois alunos da 10ª classe, que culminou no esfaqueamento de um deles. O anúncio dos resultados do inquérito foi feito na manhã de sexta-feira na “Josina Machel, num encontro que contou com a presença do Ministro da Educação e Desenvolvimento Humano (MEDH), Jorge Ferrão, do padrinho da escola, o saxofonista Moreira Chonguiça, membros da direcção e do conselho de escola, propondo-se a expulsão destes alunos.

De acordo com o relatório apresentado por uma representante do MEDH, o regulamento das escolas diz claramente que “quando um aluno agride o outro com um instrumento contundente a sansão é a expulsão”, pelo que este poderá ser o destino dos protagonistas da briga da semana passada.

Conforme foi apurado na investigação, a causa da contenda da sexta-feira, 16, foi a “intromissão”, no dia anterior, de Jaime Ribeiro (o que esfaqueou) numa conversa de um grupo de colegas, o que desagradou a Santana Francisco (esfaqueado). Nesse dia, houve a primeira luta.

Na manhã seguinte, logo a seguir à formatura do hino nacional, Santana retomou a briga da véspera, atingindo com o cabo de uma vassoura Jaime Ribeiro, primeiro nas costas e depois na cabeça, ferindo com alguma gravidade na testa. Em reacção, segundo a narrativa da comissão de inquérito, Jaime Ribeiro sacou do bolso um canivete com o qual desferiu múltiplos golpes no colega.

Os estudantes são repetentes da 10.ª classe e, de acordo com as médias que obtiveram nos primeiros dois trimestres do ano corrente, não vão a tempo de passar de classe.

Durante a investigação, foram ouvidos professores dos envolvidos, colegas de turma, encarregados de educação e um dos alunos, Santana Francisco.

Jaime Ribeiro não foi possível por se encontrar detido, justificou a comissão. Os colegas dizem que ambos são calmos e divertidos, entretanto, às vezes, agressivos.

Os professores descreveram-nos como indisciplinados. Já os pais defenderam os seus filhos e manifestaram solidariedade com ambos.

Por sua vez, o porta-voz da comissão de inquérito, Armindo Muiambo, que é igualmente presidente do conselho de escola da “Josina” disse que os “pais devem fazer um acompanhamento efectivo e constantes dos filhos para que possam perceber muito cedo as alterações”.

Muiambo acrescentou ainda que a escola vai trabalhar para cumprir com as recomendações do relatório, tais como contratar um psicólogo e reforçar a segurança da instituição.

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