Cento e treze nomes de vias públicas da cidade de Maputo, a capital moçambicana, foram já alterados, no âmbito do processo de alteração e atribuição de topómios, iniciado há cerca de três anos, com o objectivo de valorizar os nomes e as línguas moçambicanas.
A directora-adjunta da Direcção Municipal de Planeamento Urbano e Ambiente, do Conselho Municipal, Teresa Chissequere, disse recentemente que a estes 113 nomes adicionam-se sete Distritos Municipais, o que perfaz um total de 120 topómios, explicando que “o remanescente ainda está em tratamento, e esperamos concluir este processo ainda este ano”. Nos últimos anos, o Conselho Municipal tem estado a fazer a alteração e atribuição de topómios e, nesse âmbito, foi feita a designação dos Distritos Municipais que, anteriormente, ostentavam números, tendo as propostas sido apreciadas pelo Conselho Municipal e aprovadas pela Assembleia Municipal e, posteriormente, homologadas pelo Ministério da Administração Estatal.
“Inicialmente, as propostas de nomes foram discutidas nos Distritos Municipais, através de reuniões que houve com as populações, e, após a homologação pelo Ministério da Administração Estatal, o Conselho Municipal tem, neste momento, a responsabilidade de fazer a divulgação desses topómios, de modo a que os nomes e as línguas nacionais sejam valorizados”, explicou Teresa Chissequere.
Com efeito, o Distrito Municipal Número 1 passa, a partir de agora, a designar-se Distrito Municipal KaMpfumo; o Distrito Número 2 tem a designação de Distrito Municipal Nlhamankulu; Distrito Número 3 passa a designar-se Distrito Municipal KaMaxakeni; Distrito Número 4 designase agora Distrito Municipal KaMavota; Distrito Número 5 mudou para Distrito Municipal KaMubukwana. Segundo Teresa Chissequere, o Distrito Municipal da Catembe, situado no outro lado da baía de Maputo, mudou apenas a grafia e passa a designar-se KaTembe, enquanto que o Distrito Municipal da Ilha de Inhaca passou a ter a designação de Distrito Municipal KaNyaka.
“De um modo geral, isto (alterações) vai acontecer em todo o país, e, com este processo, vamos valorizar as nossas línguas, através da pronúncia e da grafia”, referiu a directora-adjunta da Direcção Municipal de Planeamento Urbano e Ambiente do Conselho Municipal de Maputo. Chissequere realçou ainda que as propostas de alteração “vieram da base e foram feitas nos bairros, sendo que as primeiras discussões que houve foi nos bairros, e o Conselho Municipal, através da Comissão Municipal de Toponímia, simplesmente esteve lá para apoiar tecnicamente e dar algumas opiniões, pelo que gostaria de apelar aos munícipes para usarem os nomes que já foram homologados, valorizando aquilo que é nosso.