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Alemanha suspende apoio ao Fundo Global

A Alemanha anunciou a suspensão das suas contribuições anuais de cerca de 274 milhões de dólares para o Fundo Global contra o HIV, Tuberculose e Malária, com base em alegações de corrupção naquela instituição. Aquele país europeu é o terceiro maior contribuinte para o Fundo, apoiado pelas Nações Unidas, e que tem um orçamento anual de mais de 20 mil milhões de dólares, angariado junto de governos e doadores privados em cerca de 150 países.

A decisão surge depois de relatos de controlo deficiente na aplicação dos fundos em alguns países, onde se suspeita que possam ter sido desviados milhares de milhões de dólares. O Fundo admite a existência de alguns casos de corrupção, mas insiste que se tratam de casos pontuais e de pequena escala.

Investigação

Diz ainda que os casos de irregularidades foram descobertos pela sua própria unidade de investigação criminal e que em todas as situações encontradas foram tomadas as medidas apropriadas. O Fundo Global é a maior fonte de financiamento no combate às três doenças que todos os anos matam milhões de pessoas em todo o mundo. As alegações foram levantadas pela agência de notícias AP e o ministro alemão para o desenvolvimento, Dirk Niebel, exigiu de imediato uma investigação exaustiva.

O governante germânico acrescentou que até que as alegações sejam apuradas, a Alemanha iria congelar os seus pagamentos, para defender o dinheiro dos contribuintes do seu país.

Peculato

Segundo o ministério alemão para o desenvolvimento, cerca de 34 milhões de dólares terão sido desviados através de documentação falsificada, peculato e fraude. Mas o porta-voz do Fundo Global, Jon Liden, disse que a Alemanha estava a reagir a informações imprecisas da comunicação social. “A Alemanha tem sido mantida informada das actividades do nosso Inspector Geral e dos passos seguros e imediatos que o Fundo Global tem tomado para estancar as irregularidades e recuperar os fundos desviados.”

O funcionário do Fundo Global para o HIV, Tuberculose e Malária promete responder às questões da Alemanha em negociações agendadas para a próxima semana na cidade de Bona.

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