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Alegadas filhas de Mandela exigem o reconhecimento e inclusão no testamento

Duas mulheres que alegam serem filhas do falecido primeiro Presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela, exigem o reconhecimento e a consequente inclusão no seu testamento, que foi tornado público na semana passada.

Os representantes familiares de Onica Mothoa e Mpho Pule contactaram Michael Katz, um dos dois advogados indicados pelos executores do testamento de Mandela, para tratarem de questões ligadas às últimas vontades do ícone da luta contra a segregação racial, o apartheid.

Katz confirmou neste domingo que havia sido contactado pelos representantes familiares de Mothoa e Pule, que alegam que teriam sido concebidas enquanto Mandela era casado com a sua primeira esposa, Evelyn Mase.

O programa televisivo Carte Blanche reportou na noite deste domingo que os advogados das queixosas haviam-se aproximado perante o Juiz-Presidente do Tribunal Supremo para ordenar a interrupção da divisão da herança nos moldes em que tinha sido escrito no testamento de Mandela.

O testamento de Mandela havia sido escrito inicialmente em 2004 e as últimas alterações viriam a ser feitas em 2008.

“Não estamos à procura de dinheiro”

Katz afirmou que as duas mulheres pretendem que sejam reconhecidas e incluídas na divisão da herança e juram que não estão atrás de dinheiro. “Vou-me reunir oportunamente com os executores do testamento”.

Durante o programa Carte Blanche, os representantes de Mothoa e Pule alegaram que no passado haviam tentado contactar Mandela para que ele reconhecesse a paternidade mas que tal não foi possível, não se sabendo por que razões.

O porta-voz da família das duas mulheres teria dito no programa que optariam pela abertura de um processo de testagem de DNA, para se comprovar se são ou não filhas de Mandela. As duas queixosas são, respectivamente, naturais de Hammanskraal e Bloemfontein, e já fizeram notícia, ao longo dos últimos anos, em diversos canais de comunicação social por causa desta polémica.

Na mais recente reportagem, uma das mulheres teria dito que lhe foi vedado o acesso a Mandela, quando este estava hospitalizado em Pretória. Segundo o programa, a nenhuma das queixosas foi-lhe concedido o acesso ao funeral de Mandela que teve lugar na sua terra natal em Qunu, na província de Eastern Cape, no dia 15 de Dezembro de 2013.

Elas teriam acompanhado a deposição em câmara ardente do corpo de Mandela na Union Buildings (a Presidência em Pretória), através da televisão.

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