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Al Qaeda queria Mali como base mundial para ataques

As forças francesas no Mali descobriram muitas toneladas de armas em poder de combatentes ligados à Al Qaeda que planeavam usar o norte desse país africano como base para ataques internacionais, disse o ministro francês da Defesa, esta Sexta-feira (8).

A França iniciou a 11 de Janeiro uma intervenção militar ma sua ex-colónia contra os militantes islâmicos que controlavam dois terços do norte do Mali. A ofensiva, em conjunto com as tropas de países africanos, conseguiu conter o avanço dos rebeldes rumo ao sul e expulsá-los das principais cidades do norte do Mali.

Mas os militantes continuam a resistir nas montanhas próximas à fronteira com a Argélia. Falando no fim de dois dias de visita ao Mali, o ministro Jean-Yves Le Drian disse que os rebeldes islâmicos, muitos deles não-malineses, estavam bem armados e pretendiam criar um “santuário terrorista” neste país pobre e árido.

“O que mais me chamou a atenção foi a escala dos arsenais que descobrimos no norte e na região de Gao. Havia certamente o desejo de fazer desta uma base para acções internacionais”, disse Le Drian a jornalistas em Bamaco, a capital malinesa.

Esta semana, os soldados franceses mataram cerca de 15 militantes e capturaram um cidadão francês que lutava com os rebeldes islâmicos, depois da descoberta de um pequeno Exército jihadista no vale do Ametetai. Cerca de 30 soldados franceses ficaram feridos nos confrontos.

Também, esta Sexta-feira, Le Drian disse a uma rádio que as forças francesas estavam a descobrir armas rebeldes “às toneladas” e que um arsenal encontrado no vale do Ametetai incluía armas pesadas, material para explosivos improvisados e coletes para o uso de homens-bombas.

Ele disse que o francês capturado, junto com vários prisioneiros tomados em combate, será extraditado em breve para a França. quarta-feira, o presidente da França, François Hollande, disse que o seu país vai começar a retirar o seu contingente do Mali em Abril, um mês depois da previsão inicial.

Le Drian afirmou que, antes de começarem a se retirar, as forças francesas ainda precisam de expulsar os militantes do nordeste do Mali e proteger a região de Gao, no leste, um ex-reduto dos rebeldes.

“Estamos 70 por cento lá … mas precisamos de fazer 100 por cento”, disse ele, esta Sexta-feira. “A missão dada às nossas forças pelo presidente da República é ter êxito na libertação de todo o território malinês … então haverá mais combates.”

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