Oficialmente já se declarou que Gurúè, concretamente no posto administrativo de Lioma o vibrião colérico está fazer das suas desde o final do ano 2009. Há cólera e gente morre devido a esta doença, chamada doença das mãos sujas. Só que desta vez, as autoridades de saúde na Zambézia, nem sequer falam das mãos sujas, mas sim de consumo impróprio de água.
Água está que quando é tanta provoca constrangimentos, mas também quando é escassa dá nisto. Os primeiros casos de cólera em Lioma foram diagnosticados no final do ano passado, só que as autoridades sanitárias não província, tiveram que fazer diversas análises e dai apuraram que sim há vibrião colérico em Lioma e já matou 3 pessoas dos 131 casos registados.
Esta informação foi prestada na passada quarta-feira pelo director provincial de Saúde na Zambézia, Armindo Tonela. De acordo com Tonela, o surto de cólera neste momento está em declinio, por causa das medidas que foram tomadas. Neste momento, a taxa de letalidade é de 2.3%. A fonte fez saber que neste momento foi já aberto um Centro de Tratamento de Cólera (CTC), para acolher os pacientes.
O gráfico epidemiológico, mostra que os casos de cólera tendem a baixar. Dos anteriores 15 casos que eram registados num dia, agora dá entra um caso por dia, motivo mais do que suficiente para dizer que há declinio do gráfico. Armindo Tonela, sublinhou que esta descida regista-se pelo facto do sector que dirige ter já acionado a distribuição do cloro as populações naquela região afectada.
Questionado sobre o consumo de água, Tonela respondeu que é dificil combater a cólera sem que haja disponibilidade de água boa para as populações. “Enquanto não tivermos água de qualidade, teremos cólera”-rematou a fonte para depois reiterar que “a eclosão da cólera é por falta de água”- concluiu. Sabe-se no entanto que as populações de Lioma, principalmente da sede, tiram água buscam água nos riachos de Nalume e Muhalo, que desaguam no rio Lúrio.
O distrito de Mocuba, concretamente a sua cidade é uma das que tem indices mais péssimos no abastecimento de água. Mesmo com tantas ladainhas das autoridades governamentais, nem sequer traduzem-se em prática. O DPS, alertou que mais cedo ou mais tarde, a cidade de Mocuba também será assolada. Porque pelas informações que ele tem vindo a receber é que sai água turva nas torneiras e muitas pessoas recorrem o rio Licungo para tirar aquele precioso líquido para diversos fins. Porém, o director Tonela diz que já tem cloro para enviar a Mocuba e outros pontos da província, como forma de fazer face a eventuais casos desta doença. Lembre-se que também a cidade de Quelimane, tem sido uma das que a cólera afecta com frequência e deixa muitas familias sem os seus parentes.
