O Presidente Armando Guebuza reiterou que o ponto fraco dos camponeses moçambicanos no aumento da produção e da produtividade reside no facto de a maior parte deles continuarem a depender da água das chuvas, mesmo tendo as suas machambas próximo de cursos de água permanentes.
Guebuza assim se pronunciou num concorrido comício popular que orientou, sábado, no Posto Administrativo de Mugeba, distrito de Mocuba, momentos depois de ter visitado, no âmbito da sua presidência aberta e inclusiva de cinco dias a província central da Zambézia, campos de produção agrícola da Associação de Camponeses ‘Anawiwanana’.
Tal como muitos outros camponeses moçambicanos, esta associação continua a depender da chuva para a produção agrícola, mesmo tendo um rio a escassos dois ou três quilómetros das suas machambas, o que está a comprometer seriamente os seus rendimentos.
“A produção depende das chuvas. Mas o rio esta lá todo o ano. Nós não estamos a aproveitar como deve ser a água que temos em quase todo o lado. Se usássemos integralmente este recurso, aumentaríamos as colheitas para duas ou três vezes mais num único ano”, declarou o estadista moçambicano.
Guebuza ficou a saber que aquela associação não tem meios para puxar a água e irrigar os seus dois blocos, um deles com 20 hectares, quer através de motobombas, quer por via da corrente eléctrica. Contudo, o estadista moçambicano disse acreditar que a associação encontrará uma forma de ultrapassar o problema.
“A Associação não tem meios para puxar a água. É um desafio. Eu acredito que os membros desta associação resolverão o problema, pedindo apoio financeiro”, indicou Guebuza.
Desde 2006 que o Governo dirigido por Armando Guebuza decidiu alocar, anualmente, a cada um dos 128 distritos, o Fundo de Desenvolvimento Distrital (FDD), vulgo sete milhões de meticais, com o objectivo de financiar projectos de produção de comida e criação de postos de trabalho.
Fora disso, o Governo tem vindo a implementar a Revolução Verde que visa produzir mais num mesmo terreno, ou produzir em praticamente todo o ano e não se esperando por uma determinada época.
Segundo o Presidente, o objectivo é transformar Moçambique num grande celeiro, não só para alimentar os seus cidadãos mas também para vender aqueles países que não tem solos aráveis.