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Agente da Polícia preso por matar uma criança na Beira

Uma criança de três anos de idade, identificada pelo nome de Chocolate Jamal Armando, perdeu a vida, na passada sexta-feira (23), na cidade da Beira, província de Sofala, ao ser atingida por uma bala perdida, disparada por um agente da Polícia, que em vez de prestar assistência à vítima, optou por empreender uma fuga que durou pouco tempo.

O disparo aconteceu quando os agentes da Lei e Ordem, afectos à 3ª esquadra, supostamente perseguiam um grupo de jovens surpreendido a jogar cartas apostando dinheiro (“batota”) na via pública, no bairro de Matacuane, segundo escreve o Diário de Moçambique.

Entretanto, esta versão não coincide com a Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala. O porta-voz, Daniel Macuácua, disse a jornalistas que o baleamento aconteceu durante a perseguição de um presumível ladrão de um triciclo (“txopela”), o qual está detido.

O policial, com a categoria de 2º cabo, efectuou dois tiros, um dos quais atingiu a vítima na cabeça. Ele é acusado de “homicídio involuntário, mas, mesmo assim, o auto foi lavrada e segue a tramitação normal. O colega está detido e será apresentado, dentro de dias, ao juiz de instrução criminal”, explicou Daniel Macuácua, acrescentando que o Comando Provincial da PRM criou uma comissão de inquérito para apurar se houve ou não excesso de zelo por parte do policial.

Na altura dos disparos, a miúda encontrava-se a brincar com as outras crianças num campo. De repente, apareceram dois agentes da corporação empunhando armas de figo e a perseguir um dos integrantes do grupo de jogadores de cartas, de acordo com Ana Calisto, familiar da vítima, em declarações àquele jornal.

A testemunha disse ainda que a desgraça aconteceu na ausência da mãe da menina. Esta chegou ao Hospital Central da Beira (HCB), para onde foi socorrida na companhia de um outro gente da Polícia, sem sinais de vida.

Não é a primeira vez que a corporação da mesma esquadra mata alguém nas mesmas condições. Em Fevereiro passado, escreve o jornal, um policial disparou contra um taxista de moto-táxi (“txopela”), defronte das barracas daquele bairro.

A vítima foi morta por se julgar que tinha gravado imagens de dois agentes da Polícia embriagados, discutindo na barraca devido ao pagamento da bebida que ambos tinham consumido, fardados e armados.

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