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África do Sul: Simpatizantes do ANC inviabilizam manifestação da Aliança Democrática

Uma marcha convocada nesta quarta-feira (12), na cidade de Joanesburgo, pelo maior partido da oposição da África do Sul, a Aliança Democrática, em protesto contra o alto índice de desemprego, terminou em violência uma vez que a polícia foi forçada a usar balas de borracha e gás lacrimogéneo para dispersar os simpatizantes do partido no poder, o Congresso Nacional Africano, que se preparavam para atacar os participantes da manifestação com recurso a pedras e bombas de petróleo.

A manifestação reuniu cerca de seis mil militantes da Aliança Democrática em Joanesburgo para ironizar os seis milhões de postos de trabalho prometidos pelo partido no poder, perto da praça Beyers Naude, a um bloco da sede do ANC, o Lithuli House.

Militantes do ANC, usando bombas de petróleo e pedras, atacaram a polícia e os simpatizantes da Aliança Democrática (AD). A corporação respondeu com balas de borracha e bombas de gás lacrimogéneo, para além de ter formado um bloqueio entre os dois grupos.

“A manifestação era pacífica até que os apoiantes do ANC iniciaram com o arremesso de pedras e bombas de petróleo”, disse o porta-voz da polícia Katlego Mogale, que também fez saber que vários jovens, com camisas do ANC, foram detidos.

Antes da manifestação, o ANC tinha dito que  o seu itinerário constituía uma provocação e uma declaração de guerra. Posteriormente, tentou, mas em vão, impedir que a mesma acontecesse, por isso também convocou uma marcha em jeito de resposta.

A Aliança Democrática (DA) foi forçada a alterar o destino da manifestação, que seria a sede do partido no poder, a Lithuli House, que se localiza nos arredores da cidade de Joanesburgo. A menos de 24 horas para a realização da marcha, o maior partido da oposição optou pela praça Beyers Naude, a sensivelmente a um bloco do quartel-general do ANC.

Refira-se que a Aliança Democrática (DA) era um partido integrado principalmente por sul-africanos brancos, mas transformou-se nos últimos quatro anos numa formação política multirracial e virou uma alternativa para os eleitores negros insatisfeitos com o ANC.

África do Sul terá eleições gerais no dia 7 de Maio e o partido com maioria no Parlamento nomeará o Presidente da República.

Desde a vitória em 1994, quando a maioria negra votou pela primeira vez na história da África do Sul, o ANC venceu todas eleições graças à fidelidade de muitos eleitores ao partido que os salvou da segregação racial, o apartheid. Mas com o passar dos anos, o ANC, afectado por vários casos de corrupção e acusado de incompetência, passou a perder votos. Porém, apesar disso, mantém o favoritismo para as próximas eleições.

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