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África do Sul: Parlamento vai investigar o caso Nkandla antes das eleições

O Presidente do Parlamento sul-africano (Assembleia da República), Max Sisulu, decidiu avançar com a investigação do relatório Nkandla – que detalha o uso indevido de mais de 200 milhões de randes na remodelação do sistema de segurança da casa privada do Presidente Jacob Zuma naProvíncia de KwaZulu-Natal -, publicado recentemente pela Provedora de Justiça, Thuli Mandosela, antes das eleições gerais marcadas para 7 de Maio.

Segundo o jornal Beeld, que cita os deputados Watty Watson, da Aliança Democrática (DA, a maior força da oposição),  e Corne Mulder, do Partido Frente para a Maior Liberdade, Sisulo decidiu pela criação de uma comissão multi-partidária que tem a missão de investigar os resultados do relatório Nkandla.

“O Presidente do Parlamento telefonou e informou-me do seu plano de criação de uma comité ad hoc e que queria nates fazer consultas,” destacou Mulder. “O Presidente disse que o comité ad hoc, terá de trabalhar de manhã, de tarde e de noite, até as vésperas das eleições aprazadas para 7 de Maio, para que o trabalho seja concluido a tempo. Ele (Sissulo) garantiu que as investigações devem ser concluidas antes de 6 de Maio. Isto significa que a comissão deverá apresentar o seu relatório antes dessa data perante a assembleia Nacional, que será convocada para debater o relatorio”, acrescentou Watty Watson.

De acordo com as regras parlamentares, o seu Presidente deve observer à consultas junto dos partidos políticos representados na magna casa, muito antes de criar esse tipo de comissão.

No relatorio da Provedora de Justiça intitulado “Segurança no Conforto”, Thuli Mandosela, descobriu que o Presidente Jacob Zuma e a sua família havia se beneficiado de uma forma inapropriada dos cerca de 246 milhões de randes usados na remodelação do sistema de segurança, que incluem a edificação de piscina, de um curral de gado e de um anfiteatro.

Mandosela, descobriu ainda que o Presidente Zuma havia violado a lei de Ética para os Membros do Executivo. Das recomendações, Mandonsela, estipulou que o Presidente Zuma devia pagar uma percentagem do valor gasto nesta operação de remodelação.

Zuma, em resposta ao relatório da Provedora de Justiça na última semana, defendeu junto do Parlamento que iria esperar pelos resultados da Unidade Especial de Investigação, que investiga o caso, antes de daruma consideração apropriada e detalhada em torno do assunto. O Gabinete do Presidente do Parlamento sul-africano, Max Sisulo, assegurou ao Beeld que um comunicado será tornado público, depois da criação do comité.

 

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