Mais uma adolescente tornou-se estatística entre as mortes por suicídio, em Moçambique. A miúda, de 17 anos de idade, respondia pelo nome de Amélia Cossa e vivia com os pais no quarteirão 75, no bairro Khongolote, município da Matola.
O seu corpo foi achado suspenso a uma árvore, numa casa próxima à residência dos progenitores, na manhã de quarta-feira (19), e presume-se que o suicídio tenha ocorrido durante a madrugada.
A dor e o luto não tomaram apenas conta da família da malograda, como também dos moradores daquele quarteirão foram vergastado pela chocante notícia.
Ninguém sabe explicar, com exactidão, o que levou a rapariga a recorrer a uma corda para se pendurar numa árvore, colocando fim à própria vida.
Todavia, Abnério Cieco, pai da miúda, contou que na passada sexta-feira (14), realizou-se um convívio na Escola Secundária Bonifácio Gruveta, no âmbito do encerramento das aulas segundo trimestre.
Segundo as informações transmitidas à família por terceiros, a festa foi rija e a Amélia embebedou-se de tal sorte que regressou à casa graças à ajuda de alguns colegas.
Confrontada com tal situação, no dia seguinte, a adolescente negou que tinha consumido bebidas alcóolicas, que tenha ficado em tal estado e ficou revoltada.
“Sempre era assim”, disse o progenitor, acrescentando que poucas vezes a finada acatava as chamadas de atenção por parte dos mais velhos.
Aliás, contou-se ainda que o desentendimento entre Amélia e os parentes já se arrastava há muito tempo. A dado momento, ela começou a fugir de casa e instalava-se na residência do namorado.
Como é possível ou o que leva uma pessoa a ser causa da própria ruína. Eis a questão para a qual não se encontra resposta imediata.
Refira-se que Moçambique é considerado, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o país com maior taxa de suicídios no continente africano.
O Índice de Progresso Social, realizado há dois anos, sobre o país, indica que a taxa de suicídio tem vindo a subir de forma alarmante nos últimos tempos.
Alguns especialistas apontam, para o efeito, factores tais como a negligência em relação a distúrbios mentais que apoquentam algumas pessoas.