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Administração Nacional de Estradas reconhece má qualidade das estradas terraplanadas

A Administração Nacional de Estradas (ANE) reconhece que a qualidade das obras de cerca de 24 mil quilómetros de estradas terraplanadas em todo o território nacional continua aquém do desejado, apesar de o Estado investir avultadas somas em projectos de manutenção.

Os técnicos e gestores da ANE, consultores e outros parceiros ligados à área de estradas, que estão reunidos desde ultima Quarta-feira em Inhambane, Sul de Moçambique, apontam como solução a construção dentre 120 a 160 acampamentos de assistência, a escala nacional, para inverter este cenário.

O jornal “Diário de Moçambique”, editado na cidade da Beira, Centro do país, escreve hoje que cada acampamento tem a capacidade de fazer assistência de ate 150 e 200 quilómetros de estrada.

O Governo moçambicano está a investir em projectos de manutenção de estradas terraplenadas há 10 anos, isto é, desde 2001, mas o grau de eficiência do trabalho realizado por diversos empreiteiros contratados para o efeito é baixo.

A manutenção periódica de um quilómetro de estrada de terra batida custa ao Estado entre 500 mil e 700 mil meticais e, as de rotina, num troço igual, os valores rodam entre 300 mil e 500 mil meticais.

Na província de Sofala, por exemplo, de 2005, altura que iniciou a implementação do projecto, a esta parte, foram instalados seis acampamentos que cobrem 900 quilómetros. A sua implementação conta com a comparticipação dos empreiteiros seleccionados através de um concurso público.

Na província da Zambézia, o Banco Alemão KFW financiou a implantação de 17 acampamentos que cobrem 2.700 quilómetros e a sua gestão, tal como Sofala, está a cargo de empreiteiros.

Inhambane, que acolhe o evento, aparece como uma das províncias que ainda quer aprender das outras delegações, uma vez que só tem dois acampamentos nos distritos de Inharrime e Homoíne, e ainda tem em manga a construção de mais dois, em Funhalouro e Mabote.

Albino Novela, Director Provincial das Obras Públicas e Habitação de Inhambane, disse que o objectivo do encontro é “munir todas as delegações da ANE de ferramentas que permitam aos intervenientes no sector de estradas a adoptarem estratégias sustentáveis de manutenção de estradas r e cor r endo aos a c ampamentos.”

O funcionamento de um acampamento de manutenção de estrada exige no mínimo a disponibilidade de uma niveladora, um tractor, um atrelado e um tanque de água. A mão-de-obra aplicada também é mínima, uma vez que a medida só abrange estradas recentemente reabilitadas.

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