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Activistas egípcios serão julgados por protesto

O Egito determinou, quinta-feira (5), que três importantes activistas políticos sejam julgados por acusações relativas à participação em protestos, disseram as fontes judiciais, em mais um sinal da crescente intolerância à dissidência.

Um dos activistas, Ahmed Maher, foi processado por fazer um protesto não autorizado, tornando-se assim o primeiro acusado de violar uma nova lei que restringe a liberdade de manifestação. Fundador do Movimento 6 de Abril, que teve participação crucial na rebelião popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011, Maher também será julgado por supostamente agredir policiais e “resistir às autoridades”.

As mesmas acusações também foram imputadas a Ahmed Douma e Mohamed Adel, os dois outros activistas que serão julgados, segundo o promotor Wael Shibl. Outro dissidente famoso, Alaa Abdel Fattah, detido na semana passada, está a ser interrogado por convocar protestos, contrariando a nova lei.

Essa lei, que entrou em vigor no mês passado, intensificou os temores sobre o futuro das liberdades políticas no Egito depois da deposição pelos militares do presidente islâmico Mohamed Mursi, em Julho.

Desde então, as forças de segurança já mataram centenas de seguidores de Mursi, e líderes importantes do movimento Irmandade Muçulmana, que dava sustentação ao ex-presidente, foram presos. As autoridades também começaram a reprimir activistas políticos não-islâmicos, agravando os temores de que o país volte a ser um Estado policial, como na época de Mubarak.

A lei sobre protestos autoriza o Ministério do Interior a proibir qualquer aglomeração com mais de dez pessoas num local público. Os grupos de direitos humanos dizem que isso é profundamente repressivo. Os Estados Unidos, que congelaram parcialmente a ajuda militar ao Egito à espera de progressos em questões de democracia e direitos, manifestaram preocupação com a nova lei.

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