Os manifestantes da oposição no Barein planeiam “dias de fúria” durante a realização do Grande Prémio de Fórmula 1 no país, no próximo fim-de-semana, e as forças de segurança detiveram dezenas de activistas durante os preparativos para a corrida.
O Barein, pequeno reino insular do Golfo Pérsico, vive uma crise política há mais de um ano, com uma violenta repressão aos manifestações por democracia que são parte da chamada Primavera Árabe.
“Boicote a F1 no Barein”, diz uma pintura num muro próximo a Manama, a capital, junto à imagem dum carro vermelho da Ferrari. “Vocês vão correr sobre o sangue dos mártires.”
A corrida de 2011 no país foi cancelada por causa da rebelião, e a edição deste ano só foi confirmada, semana passada, depois de o dirigente comercial da categoria, Bernie Ecclestone, ter garantido que a situação no Barein é “tranquila e pacífica”.
A realização da corrida poderá ser uma chance para que a família real Al Khalifa exiba uma atmosfera de normalidade no reino, desde que os protestos e confrontos fiquem restritos aos bairros habitados pela maioria xiita, e não cheguem às principais ruas e avenidas da capital.