O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, acreditou, Quarta-feira, em Maputo, dois novos embaixadores que passarão a trabalhar no país ao serviço das suas missões diplomáticas.
Trata-se de Vadimovich Kemarskiy e Claude Ruben Fassinou, embaixadores da Federação Russa, e da República do Benin respectivamente, países com os quais Moçambique possui laços de cooperação há vários anos.
Falando a imprensa minutos após a cerimónia de acreditação dos dois diplomatas, o vice-Ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Henrique Banze, disse que esta cerimónia constitui um momento de reafirmação e de reforço das relações já existentes entre Moçambique e aqueles países.
“Com a Federação Russa Moçambique mantém boas relações político-diplomáticas desde os primórdios da independência nacional (proclamada em 1975). A Rússia apoiou a nossa a independência bem como a sua consolidação”, disse Banze.
Segundo o governante, a cooperação entre a Rússia e Moçambique cobre as áreas militar e civil, incluindo os domínios da educação e agricultura.
No ramo da educação destaca-se a formação, havendo actualmente cerca de 90 moçambicanos a frequentar níveis de licenciatura e pós graduação.
Contudo, Banze disse que o actual desafio de ambos os países é estender a cooperação para o nível económico, explorando o potencial de produção de gás natural em Moçambique e a experiência da Rússia que, actualmente, é um dos maiores produtores de gás e petróleo do mundo.
O mesmo sucede com o Benin, país com quem Moçambique deseja estender as relações político-diplomáticas para a área económica.
Com efeito, Moçambique está interessado em aproveitar a larga experiência de Benin na produção de algodão, uma das principais culturas económicas daquele país. Por outro lado, o Benin está interessado em adquirir a experiência de Moçambique na exploração dos recursos marinhos.
“Precisamos de trabalhar no sentido de reactivar a nossa cooperação mista e implementar o acordo de cooperação económica, técnica e cultural”, disse Banze.
O embaixador do Benin terá residência fixa na Pretória, capital política da vizinha África do Sul, enquanto que o seu homólogo russo terá residência em Maputo.