O editor da autobiografia de Ky-Mani Marley, um dos filhos de Bob Marley, anunciou esta terça-feira ter chegado a um acordo com o autor, que o ameaçou de processo por ter deformado suas ideias no livro, no qual critica asperamente a viúva do pai.
“Ky-Mani Marley e a editora chegaram a um acordo, fizemos uma modificação e já não há nada que possa dar lugar a uma briga”, disse Farrah Gray, proprietário da editora, à AFP. Pelo acordo, a editora se comprometeu a realizar uma mudança na capa do livro, mas mantém o restante do conteúdo, apesar dos fortes questionamentos feitos inicialmente por Ky-Mani Marley.
O livro “Dear Dad” (Querido papai) de Ky-Mani Marley foi publicado no dia 6 de fevereiro, data em que o ícone mundial do reggae faria 65 anos, e converteu/se numa verdadeira dor de cabeça para a família Marley. “Não esperava que Gray atuasse de forma tão pouco profissional e maliciosa, modificando palavras ou utilizando elementos que foram falados em particular, para criar controvérsia em uma tentativa de vender o livro”, reclamou Ki-Mani Marley em um comunicado em sua página do MySpace. “O livro não foi um ataque à minha família. Amo meus irmãos e irmãs mais do que ninguém”, disse.
Como parte do acordo, uma frase na capa do livro que afirma “a história que a família Marley aparentemente não queria que você soubesse” será retirada da segunda edição, indicou a editora. Entre muitos detalhes da vida familiar, o livro conta como Ki-Mani Marley ficou durante anos excluído da fortuna gerada pelo legado de seu pai pela viúva de Bob Marley, Rita, que, segundo a publicação, negava a dar apoio econômico aos filhos do músico nascidos fora do casamento. De acordo com a página oficial de Bob Marley, a lenda do reggae jamaicano teve 10 filhos, com a esposa Rita e com outras seis mulheres.
