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ACNUR solicita apoio para refugiados na RCA e no Sudão do Sul

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lançou um apelo para um maior apoio para responder às necessidades das pessoas que fogem as crises na República Centroafricana (RCA) e no Sudão do Sul, em particular os que chegaram ao Tchad, aos Camarões e à Etiópia.

“Lançamos um apelo aos nossos parceiros e aos Governos destes países para ajudar a acelerar a ajuda às populações que, embora relativamente pouco numerosas, têm necessidade urgente de assistência”, indicou, terça-feira, a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming, durante uma conferência de imprensa.

Sublinhando que as crises no Sudão do Sul e na RCA provocaram uma das situações mais importantes para os refugiados e as pessoas deslocadas internas (PDI) que África registou nestes últimos anos, Fleming indignou-se que esta situação fez deslocar à força cerca de um milhão e 800 mil pessoas na região dotadas de magros meios de acolhimento.

Ela revelou que no Sudão do Sul encontram-se actualmente mais de 739 mil pessoas deslocadas internas além de 196 mil e 921 refugiados nos países vizinhos. A porta-voz do ACNUR revelou igualmente que se estima que até junho de 2014 cerca de três milhões e 200 mil pessoas poderão ter necessidade de ajuda humanitária, enquanto a segurança alimentar já é difícil.

Ela revelou que a RCA conta actualmente 701 mil e 500 pessoas deslocadas internas e 290 mil e 801 que fugiram os países como refugiados e onde mais de metade dos quatro milhões e 600 mil habitantes do país têm necessidade urgente de ajuda humanitária.

“No Tchad, nos Camarões e na Etiópia, entre outros, os refugiados continuam a afluir e os esforços de ajuda para os refugiados que fogem estes conflitos devem imperativamente ser reforçados”, sublinhou Fleming. As Nações Unidas anunciaram que os fundos para as necessidades da RCA e do Sudão do Sul estão “muito abaixo das necessidades”.

No total, as Nações Unidas e os seus parceiros buscam 551 milhões de dólares americanos para o seu plano de intervenção estratégica de 2014 a favor da RCA e um bilião e 270 milhões de dólares americanos até junho de 2014 para o Sudão do Sul.

Revelando as necessidades crescentes dos refugiados centroafricanos no Tchad, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) solicitou recursos acrescidos para ajudar a maioria das mulheres e crianças que fugiram as suas casas com pouco ou sem bens.

O Coordenador Humanitário das Nações Unidas no Tchad, Thomas Gurtner, sublinhou que a maioria dos refugiados está ferido, traumatizado, doente ou sofre de desnutrição e que há perto de mil crianças que estavam não acompanhadas ou separadas das suas famílias.

“O mundo deve prestar uma maior atenção à tragédia humana”, preveniu Gurtner, felicitando o Governo do Tchad, as agências onusinas e os parceiros humanitários por fazerem o seu melhor.

Mas, todos os atores esgotaram as suas reservas e carecem de recursos, explicou, indicando que apenas fundos acrescidos permitirão cobrir as necessidades humanitárias mais urgentes. O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou que pretende ajudar 150 mil pessoas no Tchad no quadro duma operação de emergência num período de seis meses.

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