Dezassete cidadãos moçambicanos perderam a vida na madrugada desta quinta-feira na localidade de Belfast num choque frontal entre o “minibus”, em que seguiam, e um camião.
Segundo o jornal Diário de Moçambique, o táxi colectivo, designado por “chapa” em Moçambique, seguia de Maputo para Joanesburgo na auto-estrada N4, quando, segundo as autoridades sul-africanas, cerca das 4 horas da madrugada saiu da sua faixa e foi embater de frente num veículo pesado que seguia no sentido contrário. O violento choque frontal provocou um incêndio nas duas viaturas, que arderam por completo antes da chegada dos bombeiros e paramédicos, referiu um porta-voz da polícia sul-africana.
O cônsul de Moçambique na cidade de Nelspruit, Artur Veríssimo, confirmou à agência Lusa que todos os passageiros que seguiam no táxi, e que perderam a vida, tinham nacionalidade moçambicana. “Estão contabilizadas 17 vítimas mortais, embora, como compreenderá, com os corpos totalmente carbonizados de 14 das vítimas, vai demorar algum tempo até serem feitas identificações”, referiu o cônsul moçambicano. Artur Veríssimo não confirmou que a 18ª vítima seja uma criança de apenas dois anos, conforme noticia a imprensa sul-africana, referindo que o balanço final está ainda a ser feito.
O ministro sul-africano dos Transportes, Sibusiso Ndebele, enviou ontem condolências aos familiares das vítimas deste terrível acidente, prometendo “sanções pesadas para condutores negligentes e sem preparação” responsáveis por acidentes deste tipo, tão comuns nas estradas do país.