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Abdil Juma 20 anos com pele dos outros

Diante deste actor teremos vários personagens, que se dividem entre o teatro radiofónico, teatro de palco e cinema. Entretanto será no teatro radiofónico que Abdil Juma vai plantar as sementes melhor seleccionadas.

Colhendo nesse terreno, provavelmente, os frutos mais saborosos. Já que no cinema, o dia de Juma ainda é uma criança. Juma completa este mês vinte anos de carreira vestindo a “pele” dos outros e, quando olha para os caminhos seguidos, sentese compensado. “Por todo o lugar onde passei, tentei fazer bem as coisas e penso que consegui, por isso o retorno que tenho, depois deste tempo todo, é de satisfação”. Maior parte daqueles que acompanham a carreira de Abdil Juma, vão se lembrar, certamente, dos momentos que ele atravessou fazendo teatro de rádio. Ao se aperceberem do desaparecimento do programa “Cena Aberta”, da Rádio Moçambique, vão se recordar também deste actor.

Que produziu cerca de centena e meia de “peças”, originais ou adaptadas de vários autores. “Cena Aberta” foi sempre um programa de “marca”, onde os amantes da arte de representar encontravam uma arena para imaginar e viver. Porém, não resistiu ao tempo e foi assoreado pelas intempéries da própria vida. “Este é um programa que me marcou profundamente, pela liberdade que me dava de imaginar e adaptar coisas de grandes actores. É pena que já não exista “Cena Aberta” na Rádio Moçambique.

Entretanto continuo ligado a feitura de seriados radiofónicos. Todas as semanas a Rádio Deutchvela, da Alemanha, transmite peças feitas por nós e também temos participado nos programas na Nweti, para além de intervenções oportunas que temos realizado nas províncias”. Aliás, é nas províncias onde o trabalho teatral é mais vocacionado para o combate ao HIVSida. Será o teatro radiofónico que vai dar mais visibilidade a Abdil Juma, por isso guarda grandes lembranças, tendo como sinal o também actor Bento Baloi, que lhe “puxou” para lá. “Fiz muita coisa nessa área e hoje continuo, como já disse, e também continuo a dar assistência ao teatro de palco”.

NO CINEMA

Num dia desses, Abdil Juma foi convidado a participar, como actor secundário, num filme de Sol de Carvalho: A Janela. “Era uma porta que se abria para mim. Veja só que fui convidado para um plano secundário, mas o meu desempenho acabou catapultando-me para o lugar principal”. E era o primeiro degrau de um actor que já participou em O Jardim de Outro Homem, Flores Silvestres, O Último Voo do Flamingo e O Prisioneiro, este último, um retracto do mito de que pessoa idosa em África, é feiticeira.

Karinganarte

Projecto 20.45, é o nome que a Associação Cultural Nkaringanarte encontrou para homenagear Abdil Juma, pelo trabalho excelente em prol da cultura nacional. Multifacetado na sua forma de estar na arte, Juma é, na verdade, um actor versátil. Completa este mês 20 anos de carreira e 45 de idade. Exímio dançarino de makwaela, no famoso bairro da Mafalala, onde nasceu em 1964, dançou também xigubo e tocou xingomana.

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