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A última ida e volta do “Atlantis”

Trinta anos e 134 missões depois, os vaivéns espaciais despedem-se da aventura sideral. Para já ainda não têm substituto. O “Orion” não passa de um protótipo.

Quando o vaivém “Atlantis” regressar da viagem (iniciada na passada sexta-feira) para reabastecer a Estação Espacial Internacional, chegará ao fim uma era na conquista do espaço.

É o fim dos vaivéns, 30 anos, 135 missões, muitas conquistas mas também algumas páginas negras. Os desastres do “Challenger”, em 1986, e do “Columbia”, em 2003, custaram a vida a 14 astronautas e deram um forte rombo na credibilidade do programa.

Mas também não faltaram sucessos, como a colocação e reparação no espaço do telescópio Hubble e as missões consecutivas que banalizaram as viagens à órbita terrestre.

“Atlantis”, “Endeavour” e “Discovery” vão passar a ser peças de museu, recordando os anos em que foram as estrelas da conquista espacial.

O seu abate representa uma poupança de milhões (a NASA consumiu, em 2010, 0,5% do orçamento federal, mas o esforço chegou a ser de 4,4% em 1965, no auge da corrida ao espaço), Mas também eliminará milhares de empregos que dependiam do espaço.

No imediato, a nação que colocou Armstrong e Aldrin na Lua ficará sem capacidade de levar homens até ao espaço, dependendo para tal do aluguer de foguetões “Soyuz” aos derrotados na corrida à Lua, os russos.

A nova orientação definida por Barack Obama para a conquista do espaço confiará a privados o transporte de astronautas à órbita baixa da Terra, concentrando os esforços da NASA em objectivos mais ambiciosos, como uma missão tripulada a Marte algures na quarta década deste século.

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