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A MCEL regista apenas 15 mil clientes por dia

A Mcel, a maior operadora de telefonia móvel em Moçambique, diz registar diariamente uma média de 15 mil clientes do serviço pré-pago, no âmbito do cumprimento do Diploma Ministerial 153/2010 de 15 de Setembro último que obriga o registo dos módulos de identificação de subscritores (SIM).

Esta informação foi revelada, sexta-feira, em Maputo, pelo administrador delgado da companhia, Salvador Adriano, numa conferência de imprensa havida, sexta-feira, em Maputo, para dar a conhecer o ponto de situação do cumprimento do plasmado no diploma ministerial.

Ao ritmo actual, a Mcel está muito longe de atingir, até 15 de Novembro, todo o universo de clientes estimado em cerca de quatro milhões subscritores, prazo estabelecido pelo Governo para o registo obrigatório dos clientes.

Segundo os cálculos feitos pela AIM, até ao momento a Mcel conseguiu registar apenas pouco mais de 600 mil clientes (do serviço contrato e pré-pago). Para alcançar a meta, a Mcel teria que registar por dia cerca de 67 mil clientes por dia.

Questionado sobre o cumprimento das metas dentro dos prazos estabelecidos pelo Governo, Salvador Adriano referiu que acredita que se venha a imprimir um maior ritmo no registo, em consequência da expansão de mais locais para o efeito, nomeadamente os mais de 150 postos de Correios de Moçambique e mais de 70 lojas da empresa Telecomunicações de Moçambique (TDM) em todas as províncias do país, a luz dos acordos estabelecidos nesse sentido.

Adriano salientou que o trabalho em curso neste momento é possível para o cumprimento das metas, porque este processo acarreta elevados custos.

“A Mcel não estava suficientemente preparada. A empresa não tinha orçamentado os custos associados a esta operação. Nas nossas estimativas, antes de estabelecermos acordos com alguns parceiros, o custo da operação rondava os 40 milhões de meticais (pouco mais de um milhão de dólares norte-americanos)”, referiu.

Salvador Adriano acrescentou que a Mcel teve que contratar um parceiro para proceder à digitalização da informação que a empresa está a recolher, relativa aos subscritores, o que vai facilitar o seu envio à entidade reguladora, neste caso o Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM).

O interlocutor referiu que o início do processo foi marcado por alguma hesitação da parte da companhia porque as regras não estava em claramente definidas.

“Tivemos obviamente muita pressão nas nossas lojas, mas ao fim de uma ou duas semanas, depois de alguns encontros com o regulador e de termos a clarificação sobre o que se poderia ou não fazer, hoje estamos com uma média de 15 mil registos diários” frisou.

De referir que o registo de cartões é obrigatório e abrange aos clientes das duas operadores em funcionamento no país, nomeadamente a Mcel e Vodacom.

Segundo o diploma, quem não registar o seu cartão até 15 de Novembro próximo o número fica automaticamente desactivado, o que significa que as operadoras vão perder muitos clientes, sobretudo, se tiver em conta o ritmo do processo.

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