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A elite mundial dedica a Lula, ausente, o título de “Estadista Global”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ausente por causa de uma crise de hipertensão que o obrigou a cancelar sua participação no Fórum de Davos, foi consagrado na sexta-feira pela elite mundial com o título de “estadista global”, um prémio concedido pelo balanço de sua gestão, que conseguiu conciliar crescimento económico.

“Pela primeira vez em sua história, este Fórum quer honrar um extraordinário homem de Estado, entregando um prémio ao ‘estadista global'”, afirmou o professor Klaus Schwab, ideólogo do Fórum Económico Mundial (WEF), uma fundação que sempre defendeu as tendências mais liberais em termos de finanças e economia. “O presidente Lula queria vir com toda certeza. Estava sentado em seu avião quando o médico vetou a viagem porque estava sofrendo de pressão alta”, explicou Schwab.

Ante a ausência de Lula, o chanceler Celso Amorim foi encarregado de representá-lo e ler o discurso preparado pelo presidente, quebrando uma regra de ouro de Davos, que impede que uma terceira pessoa leia o discurso de outra. “Este prémio aumenta minha responsabilidade como governante e de meu país como um actor mais activo e presente no cenário internacional”, afirma Lula em seu discurso.

O presidente brasileiro não deixa passar a oportunidade de recordar sua primeira visita a Davos, quando “o mundo temia o futuro do Brasil porque não sabia o rumo exato que nosso país tomaria sob a liderança de um operário sem diploma universitário e nascido politicamente no seio da esquerda sindical”.

“Sete anos depois, posso olhar nos olhos de cada um de vocês e, mais do que isso, nos olhos de meu povo, e dizer que o Brasil, com todas suas dificuldades, cumpriu com sua parte”, afirma, enumerando as conquistas de sua gestão. A crise de hipertensão que o presidente Lula sofreu na noite de quinta-feira o obrigou a cancelar sua viagem ao Foro de Davos por recomendação de seu médico particular.

Lula foi orientado a descansar e teve que cancelar todas as actividades previstas em sua agenda para os próximos dias. Lula, 64 anos, encerra este ano seu segundo mandato no comando do país, com uma popularidade nas alturas (80%). A Constituição brasileira não o autoriza a se candidatar para um terceiro mandato consecutivo.

O presidente gastou muita energia nos últimos meses, dividindo-se entre o cenário internacional, no qual se tornou um dos principais actores, e viagens cansativas em todo o Brasil, onde entrou em pré-campanha para apoiar sua candidata à eleição presidencial de Outubro, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef. Lula é conhecido no país pelo alto número de viagens, tanto no Brasil como no exterior.

Ele devia decolar de Recife rumo à Suíça na noite de quarta, mas passou mal antes de embarcar e o médico recomendou a internação. O presidente reclamara no dia anterior de dores no peito e na garganta, e apresentava sintomas de gripe, além do cansaço.

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