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A crise econômica transformou-se em catástrofe humana (Bird/FMI)

A crise econômica mundial transformou-se numa “catástrofe humana, em desastre”, nos países em desenvolvimento, anunciaram neste domingo o Banco Mundial, Bird, e o Fundo Monetário Internacional (FMI), em comunicado divulgado ao final das assembleias de primavera das duas intituições, em Washington.

“A economia mundial deteriorou-se consideravelmente desde nosso último encontro. Esta evolução tem consequências particularmente graves nos países em desenvolvimento, nos quais a crise financeira e econômica se transforma em catástrofe humana e em desastre no plano do crescimento”, dizem as duas instituições multilaterais em comunicado comum. “Os progressos realizados em meio a duros esforços no sentido de cumprir com os objetivos fixados e as Metas do Milênio para o Desenvolvimento (MMD) estão agora comprometidos”, acrescentaram.

Segundo o FMI e o Banco Mundial, “a crise já mergulhou na extrema pobreza mais de 50 milhões de pessoas, principalmente mulheres e crianças. Devemos atenuar seu impacto sobre as nações em desenvolvimento e facilitar a contribuição desses países à retomada mundial”. As duas instituições acham que é preciso “fazer mais, enquanto a crise segue seu curso”. “Devemos agora dar uma sequência concreta aos compromissos assumidos, principalmente aos formulados pelos participantes da cúpula recente em Londres”.

Os chefes de Estado e de governo do G20, que reúne os países ricos e os emergentes comprometeram-se no dia 2 de abril na capital britânica a aumentar os recursos das instituições financeiras internacionais em mais de 1,1 trilhão de dólares. “Pedimos encarecidamente a todos os que contribuem com recursos a concretizar o mais rapidamente possível a promessa feita de aumentar sua ajuda; quanto à nós, devemos examinar a possibilidade de ir além dos compromissos atuais”, explicam o FMI e o Banco Mundial em seu comunicado.

Durante entrevista à imprensa ao final da reunião, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, estimou que não era ainda possível prever a duração da crise e que será muito difícil atingir os Objetivos do Milênio nos prazos previstos. Esses oito Objetivos, aprovados pelos líderes mundiais em 2000 para reduzir a pobreza no horizonte de 2015, incluem o recuo das grandes pandemias, assim como da mortalidade infantil e do analfabetismo; e ainda: o fim da desigualdade dos sexos, a melhoria da saúde materna e a proteção do meio ambiente.

O FMI e o Banco Mundial indicam também que pretendem chegar a um acordo sobre a melhoria da representação dos países emergentes e em desenvolvimento no seio de suas instâncias dirigentes até as próximas assembleias de primavera, em 2010. “Importa que todos os nossos parceiros participem desses trabalhos num processo transparente, consultável e solidário”, afirmam as duas instituições.

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