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A CNE ajudou a UDM?

Repetidas alegações de que a UDM (União dos Democratas de Moçambique) teve especial ajuda da Comissão Nacional de Eleições, CNE, nunca foram desmentidas pela CNE e foi confirmado em privado por alguém de dentro da administração eleitoral. De acordo com as regras da CNE, seguidas pelo Conselho Constitucional, depois que um partido submete as listas a 29 de Julho, estas não podem ser mudadas. O novo partido da oposição de Daviz Simango, MDM, foi excluido da maioria das províncias porque não lhe foi permitido acrescentar nomes ou combinar listas – especificamente não pode tirar nomes de uma lista que estava demasiado curta e ia ser excluida, e usar esses candidatos para preencher outras listas.

Mas a agência noticiosa governamental AIM reportou a 14 de Setembro que a CNE fez precisamente isso para a UDM. A AIM reportou que em meados de Agosto “a CNE sugeriu ao mandatário eleitoral da UDM que o partido devia reagrupar os seus candidatos de modo a poder cobrir completamente algumas províncias (isto é possível porque os candidatos não têm de viver nas províncias que querem representar).” Isto foi mais tarde confirmado por uma fonte eleitoral.

O semanário Magazine Independente pegou outra vez na estória a 14 e 21 de Outubro. O Magazine cita o presidente do partido José Ricardo Viana para dizer que a mandatária do partido Aida Jorge Pires foi autorizada a amalgamar listas de candidatos de três províncias de modo que a lista completa foi para Sofala. Viana estava aborrecido e disse que não queria contestar Sofala e antes queria uma lista combinada para a Zambézia, e quis mesmo demitir Aida Pires como mandatária.

Esta reagiu iradamente à queixa mas confirmou que lhe foi permitido juntar um candidato à lista de Sofala. O Magazine sugere que a CNE ajudou a UDM a contestar Sofala – única provincial onde a UDM tem a lista aceite – porque a Frelimo quer lá um partido com iniciais parecidas com MDM, de modo a poder tirar alguns votos ao partido de Daviz Simango.

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