Joãozinho Nihasseia, agente da Policia da República de Moçambique (PRM), que, há cerca de três meses, baleou mortalmente um indivíduo inocente no Posto Administrativo de Chalaua, está a sofrer sérias ameaças de vida por parte dos familiares da vítima, que afirmam pretenderem fazer justiça pelas próprias mãos em face da insensibilidade manifestada pelas autoridades policiais, que se limitaram a transferir o autor do homicídio para o vizinho posto administrativo de Larde.
Os familiares da vitima alegam não terem, ainda, obtido qualquer esclarecimento sobre o desfecho do caso, embora se reconheça a culpabilidade do visado. Segundo testemunhas, Nihasseia encontrava-se, na altura, no interior duma viatura em perseguição de uma outra envolvida numa infraccão, e, na tentativa de furar os pneus desta, a bala disparada da arma acabaria por atingir mortalmente um jovem que se encontrava nas imediaçoes da rua a reparar uma bicicleta.
Outra questão que inquieta as populações da região, relaciona-se com espancamentos arbitrários espacamentos de que são objectos por agentes da PRM em ´visível estado de embriaguez. Aliás, a referida situação foi testemunhada pela reportagem do Wamphula Fax, quer em Chalaua, como em Larde.
E na noite do passado dia 26 de Novembro último, um cidadão, cuja identificação não conseguimos apurar, foi gravemente torturado por um polícia de nome Moniz Passela, que, na circunstância, se encontrava a ingerir sura, bebida fermentada a partir do suco do cacho da palmeira. Entretanto, o chefe do posto policial local, António Francisco Momade, escusou-se a pronunciar-se à volta do assunto.