Foram realizados progressos na redução da epidemia mundial da SIDA, mas esta doença continua a causar destruição em países em todos os continentes e em comunidades em todos os países, afirma a Secretária de Estado Hillary Rodham Clinton. A SIDA “enfraquece economias, aumenta a pobreza, lança as sementes da instabilidade. E para as famílias os seus danos são medidos pelos entes queridos perdidos; nos países medem-se em prejuízos potenciais”, disse Clinton. Numa cerimónia de tomada de posse a 17 de Setembro do novo coordenador para a SIDA no mundo, Dr. Eric Goosby, Clinton declarou que há seis anos os Estados Unidos iniciaram o maior esforço da história para tratar duma única doença através do Plano de Emergência do Presidente de Ajuda à SIDA (PEPFAR).
O programa trata das consequências e das implicações dessa doença. O PEPFAR foi lançado em 2003 pelo então Presidente George W. Bush a fim de combater o HIV/SIDA no mundo. Trabalhando em parceria com outros países durante mais de 10 anos, o PEPFAR tenciona apoiar o tratamento de pelo menos 3 milhões de pessoas, a prevenção de 12 milhões de novas infecções e cuidados para 12 milhões de pessoas, incluindo 5 milhões de órfãos e crianças vulneráveis. Clinton afirmou que, através do PEPFAR, os Estados Unidos prestaram tratamento a mais de 2 milhões de pessoas deram aconselhamento e testes a cerca de 57 milhões e cuidados a mais de 4 milhões de órfãos e crianças vulneráveis desde o início do programa.
“Eu e o Presidente Obama estamos profundamente empenhados no sucesso contínuo do PEPFAR. Trabalharemos através do PEPFAR e com os nossos parceiros mundiais para expandir o acesso a prevenção, cuidados e tratamento”. Clinton disse que a administração considera o PEPFAR como uma plataforma sobre a qual se pode construir outros serviços de saúde para pessoas e famílias através da Iniciativa de Saúde Mundial do Presidente. Em parte, foi por esta razão que Goosby foi seleccionado pelo presidente para liderar os esforços dos EUA, disse Clinton.
Goosby é professor de medicina na Universidade da Califórnia, São Francisco, e teve uma longa carreira em saúde pública que inclui alto cargos na administração do antigo Presidente Bill Clinton, marido da secretária. Na altura da sua nomeação, Goosby declarou que “o programa PEPFAR já salvou milhões de vidas na África Subsariana e noutras zonas muito afectadas em todo o mundo. Mas persistem desafios significativos relativos à prevenção e ao tratamento do HIV”, segundo o New York Times.
Clinton afirmou que Goosby tem sido um pioneiro na luta contra a SIDA desde o início, quando a epidemia foi reconhecida. “Como um jovem médico em S. Francisco esteve entre os primeiros médicos a tratar pessoas portadoras do HIV no San Francisco General Hospital aonde ajudou a integrar programas de tratamento do HIV com clínicas de metadona”.
Goosby ocupou vários cargos no governo federal em programas nacionais de HIV/SIDA e no Escritório de Política Nacional de SIDA na Casa Branca onde ajudou a criar a Iniciativa SIDA para Minorias, disse Clinton. Goosby foi director geral de Pangea Global AIDS Foundation, que trabalha com governos de todo o mundo para os ajudar a criar os seus próprios programas sustentáveis de tratamento do HIV.
Goosby juntou-se a Clinton na África do Sul durante a sua viagem recente à África Subsariana a fim de ver as medidas do novo governo sul-africano para tratar do HIV/SIDA. Goosby também fez uma viagem recente ao Zimbabué para ver os esforços renovados do sector da saúde visando aumentar a capacidade de prestação de serviços e a criação de sistemas de cuidados de saúde sustentáveis.