Cerca de duas mil pessoas dos distritos de Namaacha e Magude, província de Maputo, Sul de Moçambique, enfrentam problema da falta de água devido a seca e falta de sistemas de abastecimento do precioso líquido. Segundo o Director-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), João Ribeiro, se nada não for feito no sentido de socorrer as vitimas até ao fim deste mês, as duas mil pessoas terão de percorrer cerca de 50 quilómetros a busca de água.
Ribeiro disse, citado pelo jornal “O País”, que o INGC criou uma equipa para analisar profundamente o problema e definir o que pode ser feito para o provimento de água às pessoas carenciadas. “Já estamos atentos a esta situação”, disse, manifestando a possibilidade do INGC ter reservatórios de água já disponíveis nos locais seriamente assolados pelo problema. Ainda assim, o INGC considera que a situação da carestia da água este ano é menos grave quando comparado com o cenário de 2008, ano em que cerca de cem mil pessoas tiveram problemas de água.
Para evitar que esta situação se repita noutros anos, esta instituição governamental está a desenvolver uma série de acções visando solucionar o problema, com destaque para a abertura de furos de água, montagem de cisternas familiares e públicos para que as populações tenham acesso a este precioso liquido em períodos de seca. Além dessas pessoas, outros cerca de 275 mil das regiões Centro e Sul do país encontram-se numa situação de insegurança alimentar, estando agora a depender de ajuda humanitária do Programa Mundial de Alimentação (PMA).